Receitas brasileiras com exportações de café registram aumento de 46,4% nos quatro primeiros meses da safra 2014/2015
A receita cambial relativa às exportações brasileiras de café nos quatro primeiros meses do ano-safra 2014/2015 (US$ 2,412 bilhões) foi 46,4% superior à registrada no mesmo período da safra 2013/2014 (US$ 1,647 bilhão), representando um acréscimo de US$ 765,058 milhões. O volume, por sua vez, apresentou um aumento de 14,0% na mesma base comparativa. Foram exportadas 12.378.146 sacas (verde, torrado & moído e solúvel), contra 10.854.391 em 2013. As informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
O material destaca também os resultados do mês de outubro. Houve incremento de 38,7% na receita cambial e de 0,9% no volume do produto exportado em relação ao mesmo mês em 2013. A receita fechou em US$ 672,968 milhões e o volume exportado foi de 3.264.312 sacas.
Guilherme Braga, diretor-geral do CeCafé, comenta que “o mercado mundial continua receptivo ao café brasileiro, sendo que nos últimos dez meses tivemos um crescimento de 20,4% na receita com as exportações do grão e de 15,4% no volume exportado. Foram embarcadas 29.961.843 sacas de café e tivemos um resultado de US$ 5,311 milhões. O volume de café de qualidade produzido e exportado pelo Brasil também vem apresentando bons resultados, apesar da seca ter provocado uma redução no tamanho do grão. Ainda assim, a safra pode ser entendida como de boa qualidade, o que ajuda a vender. No mês de novembro e dezembro a tendência é que essa situação se mantenha. Isso nos leva a crer que devemos fechar o ano civil com aproximadamente 36 milhões de sacas exportadas”.
De acordo com o levantamento, a variedade arábica respondeu por 79,4% das vendas do país no período de julho a outubro, o robusta por 10,8%, o solúvel por 9,7% e o torrado & moído por 0,1% das exportações. Os cafés diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 22,6% nas exportações em termos de volume e de 29,0% na receita cambial.
O relatório aponta ainda que no acumulado de janeiro a outubro de 2014 a Europa foi o principal mercado importador de café do Brasil, respondendo pela compra de 54% do total embarcado do produto, enquanto América do Norte adquiriu 25% do total de sacas exportadas, Ásia 15%, América do Sul 3%, África 1%, América Central 1% e Oceania, 1%.
As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores Emergentes tiveram um aumento de 6,6% nesse mesmo período. O Brasil também registrou crescimento 14,9% nas exportações para os Países Importadores Tradicionais, considerando a mesma base comparativa. Da mesma forma, houve um crescimento de 89,0% nas exportações brasileiras para Países Produtores.
Segundo o Balanço das Exportações, até o mês de outubro a lista de países importadores em 2014 segue liderada pelos Estados Unidos, que adquiriram 6.139.660 sacas (20% do total exportado), seguidos pela Alemanha, com 5.669.824 sacas (19% do total). A Itália ocupou a terceira colocação, importando 2.353.870 sacas do produto brasileiro (8%). No quarto lugar está a Bélgica, com 2.235.761 sacas (7% do total) e, no quinto lugar, o Japão (7%), com 2.073.982 sacas.
Os embarques de café até outubro deste ano foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, de onde foram escoados 78,8% do total de café exportado (23.624.363 sacas), pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 12,8% do total (3.836.157 sacas), e pelo porto de Vitória, de onde saíram 2,9% do total (858.912 sacas).
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