NY registra quarta sessão consecutiva de queda para as cotações de café; Chuvas continuam esparsas no cinturão produtivo
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta segunda-feira (10) no quarto dia seguido de baixa. Durante boa parte da sessão as cotações chegaram a operar no campo positivo. No entanto, não houve fortes oscilações.
O vencimento dezembro/14 registrou 181,40 cents de dólar por libra peso com queda de 100 pontos, o março/15 anotou 185,70 cents/lb com recuo de 105 pontos, o maio/15 teve 188,25 cents/lb com baixa de 100 pontos e o julho/15 encerrou a sessão com 190,45 cents/lb, ambos com queda de 95 pontos.
As cotações caíram com vendas técnicas e a bolsa norte-americana ainda opera em meio à questão climática com chuvas no cinturão produtivo brasileiro.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a questão cambial também tem influenciado nos preços e minimizado variações expressivas. "O dólar mais alto compensa as oscilações e também encoraja as exportações", afirma.
Para o consultor associado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, mesmo com a alta durante a sessão, o mercado está andando de lado. "Até terminar o ano, o mercado está focado em variáveis de fluxo, como oferta e demanda. Os aspectos de curto prazo como o dólar também influenciam". Ainda segundo o consultor, o mercado já assimilou as chuvas e espera uma definição mais concreta da safra 2015/16.
A região Sudeste, principal produtora de café viveu seca histórica registrada no verão. Ainda assim, segundo informações reportadas pela Reuters, a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo elevou a estimativa de produção de café. O Estado é o terceiro maior produtor da commodity e deve ter produção de 4,6 milhões de sacas — a previsão anterior estimava número 4% menor.
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Ainda segundo informações reportadas pela mesma agência, chuvas esparsas devem continuar beneficiando a principal florada dos cafés e chuvas mais amplas podem ser registradas a partir de quarta-feira.
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Mercado interno
Os negócios no mercado doméstico continuam calmos. Os cafeicultores se negam a vender café pelo preço ofertado e esperam mais informações sobre a produção do próximo ano.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 2,39% na sexta-feira (7) e está cotado a R$ 451,07 a saca de 60 kg.
O tipo cereja descascado permanece com maior valor de negociação nas cidades de Franca-SP e Guaxupé-MG com R$ 540,00 a saca de 60 kg. O tipo 4/5 de café arábica anotou maior valor em Guaxupé-MG cotado a R$ 530,00 a saca, preço estável em relação à sessão anterior e o tipo 6 duro também teve maior valor na cidade com R$ 477,00 a saca de 60 kg.
Tipo 4/5 fecha em baixa na BM&F
As cotações do café arábica tipo 4/5 fecharam em baixa na BM&F Bovespa. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 215,20 a saca de 60 kg e baixa de 0,39%, o março/15 anotou US$ 218,35 e desvalorização de 0,34% e o setembro/15 ficou estável cotado a US$ 233,00 a saca. Para o tipo 6/7 não houve negócios.
Robusta registra alta em Londres
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) registraram alta nesta segunda. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.024,00 por tonelada com valorização de US$ 6 por tonelada e o janeiro/15 teve US$ 2.023,00 por tonelada com alta de US$ 4 por tonelada.
Veja as cotações completas de café nesta segunda-feira (10).
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