Economia do Japão tem queda anualizada de 1,9% no 3º tri, pior que o esperado

Por Leika Kihara
A economia do Japão encolheu mais do que o divulgado inicialmente no terceiro trimestre devido a quedas no investimento empresarial, surpreendendo os mercados e dando suporte à recente decisão do primeiro-ministro Shinzo Abe de adiar o segundo aumento do imposto sobre vendas.
O golpe do aumento do imposto em abril acabou sendo maior do que o esperado, indicaram os dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) nesta segunda-feira, destacando os desafios que Abe e o banco central enfrentam para tirar a terceira maior economia do mundo da deflação.
A revisão para a contração anualizada de 1,9 por cento, contra preliminar de queda de 1,6 por cento, confirmou que o Japão caiu em recessão, e foi pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de contração de 0,5 por cento.
O principal fator por trás do resultado do PIB foi o declínio de 0,4 por cento no investimento empresarial, contra queda preliminar de 0,2 por cento. Analistas esperavam que os gastos de capital fossem revisados para cima.
Na comparação trimestral, a economia encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre, contra preliminar de queda de 0,4 por cento. O resultado foi pior do que a expectativa do mercado de contração de 0,1 por cento.
O aumento no imposto sobre vendas do Japão de 5 por cento para 8 por cento em abril afetou os gastos das famílias e piorou o cenário para o "Abenomics", um misto de agressiva expansão monetária, estímulo fiscal e reformas estruturais com o objetivo de acabar com a estagnação econômica.
A decisão de Abe de adiar o segundo aumento do imposto, para 10 por cento, em 18 meses, até abril de 2017, aliviou as preocupações sobre o cenário para os gastos do consumidor, que representam 60 por cento do PIB.
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