Soja ameniza perdas em Chicago após 2ª feira tensa; preços no BR tem suporte no dólar
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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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O mercado da soja recuperou parte das fortes baixas registradas mais cedo na Bolsa de Chicago - entre 12 e 14 pontos - e terminou o dia com perdas de pouco mais de 4 pontos. Os negócios sentiram a pressão das notícias - ainda muito incertas - sobre a expansão do Coronavírus. As perdas foram generalizadas no mercado financeiro e entre as commodities agrícolas.
Assim, o contrato março terminou com US$ 8,97, o maio com US$ 9,11 e o julho com US$ 9,24 por bushel. E como explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, o mercado se acomodou após o forte recuo registrado mais cedo à espera das próximas notícias.
Ainda segundo o executivo, as commodities podem continuar a sofrer com alguma pressão das novas informações, mas logo o mercado deverá voltar aos seus próprios fundamentos, incluindo a demanda forte da China, que precisa seguir importando alimentos de forma ainda muito forte para atender sua demanda e garantir sua segurança alimentar.
Os negócios deverão ganhar mais ritmo - principalmente entre China e EUA - após 15 de fevereiro, quando entra em vigor o acordo entre os dois países. "Esse é um período típico dessa 'paradeira', mas logo os negócios retomam o seu ritmo normal", diz o consultor da Brandalizze Consulting.
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MERCADO NO BRASIL
No Brasil, os preços permanecem estáveis e ainda encontrando importante suporte no dólar. Nesta segunda-feira, a moeda americana disparou, registrando sua máxima em quase dois meses. O dólar terminou o dia com alta de 0,59% e valendo R$ 4,21. Na máxima da sessão, a divisa superou os R$ 4,23.
>> Dólar dispara a máxima em quase 2 meses ante real com temores sobre vírus na China
Nos principais portos de exportação, as referências nesta segunda-feira ficaram entre R$ 86,00 e R$ 86,50 por saca, e passam a algo entre R$ 87,50 e R$ 88,00 nas posições mais distantes de entrega.
Já quase não há mais soja para ser embarcada no Brasil, mas os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) continuam apontando para um bom ritmo dos embarques do Brasil neste início de ano. São mais de 890 mil toneladas com potencial para encerrar o janeiro com 1,1 milhão de toneladas.
A demanda permanece concentrada no mercado brasileiro, ainda segundo Vlamir Brandalizze, e não só as exportações carregam força no começo de 2020, como também a demanda interna. Afinal, as exportações de carne bovina e suína têm fôlego para registrarem recordes históricos para janeiro, enquanto o frango mantém também seu ritmo acelerado, levando o setor a demandar mais soja e milho para alimentação animal.
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