Entenda os fatores que ajudam a explicar os atuais preços firmes da @ do boi. Menor volume de animais para abate está entre eles

Publicado em 27/05/2020 14:41 e atualizado em 27/05/2020 16:55
Lygia Pimentel - Consultora da Agrifatto
Demanda interna é o maior fator de incerteza para o avanço dos preços do boi no segundo semestre

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Entrevista com Lygia Pimentel - Consultora da Agrifatto sobre o Mercado do Boi Gordo

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, a Consultora da Agrifatto, Lygia Pimentel, destacou que ocorreu uma antecipação da safra no final do ano passado quando os preços registravam altas significativas a cada dia. “Os pecuaristas gostam de negociar, ainda mais, quando tem uma alta de R$ 10,00/@ em um dia. Outro ponto importante, é que os pesos dos animais estavam abaixo do ideal conforme o IBGE divulgou”, comenta.

A consultora ainda destaca que a composição dos abates com animais com padrão exportação aumentou nas últimas semanas. “É importante explicar que o boi china não é maioria dos abates, mas tem um peso maior neste momento em compor a média de abate e também nos indicadores de preços”, afirma.

Outro fator que acabou influenciando para a sustentação da arroba foi o abate de novilhas nos últimos anos. “Isso faz mais de três anos que vem acontecendo e se considerar que não esses animais não vão mais produzir bezerros. Com isso, podemos justificar a queda de 9,2% dos abates no primeiro trimestre”, relatou.

As importações de proteínas animais da China registraram uma queda no mês de abril, mas os envios brasileiros de carne bovina in natura aumentaram. “A demanda chinesa é fundamental para a sustentação de preços da arroba que já tem um ágio de R$ 10,00 frente ao animal comum”, informou.

As programações de abate estão próximas de oito dias úteis no estado de São Paulo, sendo que no mês passado estava ao redor de cinco dias úteis. “Nenhum frigorífico faz escala de quinze dias, pois as incertezas no mercado interno estão muito elevadas para abater tantos animais”, disse Pimentel.

Os cortes dianteiros estão mais demandados do que o traseiro, na qual o spread está no menor patamar registrado até agora. Pimentel ainda informa que as medidas adotadas para conter o coronavírus acabaram impactando no escoamento da carne. “Com um feriado definido de um dia para o outro, compradores ligaram para cancelar só que o produto já estava em transporte”, ressaltou.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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