AstraZeneca negocia fornecimento de vacina da Covid-19 com Brasil, Japão, Rússia e China

Publicado em 13/06/2020 18:12

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AMSTERDÃ (Reuters) - A AstraZeneca está conversando com Brasil, Japão, Rússia e China sobre acordos de fornecimento para sua potencial vacina contra o novo coronavírus, disse o chefe da empresa neste sábado, enquanto a farmacêutica britânica se prepara para publicar os resultados da primeira fase de testes.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) do Reino Unido aprovou o início dos testes da fase 3 da vacina depois que os estudos mostraram eficácia e segurança suficientes, disse Pascal Soriot, presidente-executivo da empresa, em uma teleconferência com repórteres.

As declarações foram feitas depois que a empresa prometeu entregar 400 milhões de doses de sua vacina aos países europeus, no mais recente acordo de fornecimento firmado, à medida que governos de todo o mundo lutam para obter acesso a vacinas para combater a pandemia.

Holanda, Itália e Alemanha terão um grande papel na fabricação da vacina na Europa, disse Soriot. Ele acrescentou que a empresa espera saber até o final do verão europeu se a vacina, que ele disse que custará poucos dólares por dose, funcionará.

AstraZeneca fecha acordo para fornecer 400 milhões de doses de vacina da Covid-19 para Europa

ROMA (Reuters) - A farmacêutica britânica AstraZeneca informou, neste sábado, que assinou contrato com Itália, Alemanha, França e Holanda para fornecer à Europa uma vacina contra o novo coronavírus, com as entregas começando no final de 2020.

O contrato é para até 400 milhões de doses da vacina, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, disse a empresa, acrescentando que está buscando maneiras de expandir a produção da vacina, que prometeu fornecer sem margem de lucro durante a pandemia.

“Com nossa cadeia de fornecimento preparada para começar a produção na Europa em breve, esperamos tornar a vacina disponível ampla e rapidamente”, disse o executivo-chefe da empresa, Pascal Soriot, em um comunicado.

A fase de testes da vacina já está avançada e deve terminar durante o outono do hemisfério norte, afirmou o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, em uma publicação no Facebook.

A AstraZeneca fechou acordos de produção ao redor do mundo para chegar ao objetivo de fazer 2 bilhões de doses da vacina, incluindo com dois empreendimentos apoiados por Bill Gates e um contrato de 1,2 bilhão de dólares com o governo dos Estados Unidos.

Não há vacinas ou tratamentos aprovados para a Covid-19, a doença respiratória altamente contagiosa causada pelo novo coronavírus.

“Muitos países do mundo já garantiram vacinas, a Europa ainda não. A ação rápida e coordenada de um grupo de países-membros valorizará todos os cidadãos europeus nesta crise”, afirmou o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn.

A Comissão Europeia recebeu orientações dos governos do bloco, na sexta-feira, para negociar compras avançadas de promissoras vacinas contra o coronavírus, disse o principal oficial sanitário da UE, mas não ficou claro se haverá dinheiro suficiente disponível.

(Reportagem de Giuseppe Fonte, em Roma, e Rama Venkat, em Bangalore; Reportagem adicional de Madeline Chambers, em Berlim; Anthony Deutsch, em Amsterdã; e Ludwig Burger)

EUA somam mais de 2 milhões de casos; ministro da Saúde do Chile renuncia

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O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou neste sábado, 13, que 2.038.344 pessoas foram oficialmente diagnosticadas com o coronavírus no país, uma alta de 22.317 em relação à atualização de sexta-feira. Já o número de mortes ligadas à doença subiu 711 e agora soma 114.625

O país, líder mundial em volume de casos e óbitos, segue em processo de reabertura da economia, enquanto o presidente Donald Trump incentiva o rápido retorno das atividades. No entanto, o ritmo da retomada tem variado entre cada Estado.

Utah e Oregon decidiram paralisar o relaxamento das medidas de distanciamento social, após o aumento no número de registros da covid-19. Por outro lado, Texas, Arkansas e Arizona informaram que vão continuar com a reabertura mesmo com sinais de que o vírus ainda representa um grave problema.

Chile

Na América Latina, o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, deixou o cargo neste sábado, após uma semana marcada por controvérsias sobre como contar as vítimas do coronavírus, enquanto o país sul-americano ultrapassa 160 mil infecções. O médico Enrique Paris foi nomeado para substituí-lo.

Europa

Do outro lado do Atlântico, a situação em países europeus está mais estável. A Itália, que chegou a ser o epicentro da pandemia no continente, contabilizou 346 casos entre a sexta e o sábado, totalizando 236.651. Já o total de óbitos chegou a 34.301, avanço de 55 em relação a sexta - embora 23 desses sejam referentes a confirmações atrasadas de março.

Na Espanha, o Ministério da Saúde confirmou 130 novos contagios, que agora somam 243.605. Segundo o órgão, 27.136 pessoas morreram vítima do vírus no país, entre as quais 27 nos últimos sete dias.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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