"Alimento é melhor vacina contra o caos", diz agência da ONU que ganhou Nobel da Paz

Publicado em 09/10/2020 10:38

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OSLO/GENEBRA (Reuters) - O Programa Mundial de Alimentos (PMA), a agência das Nações Unidas, recebeu o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições de paz em áreas afetadas por conflitos.

A organização, com sede em Roma, contabiliza ajuda a cerca de 97 milhões de pessoas em aproximadamente 88 países a cada ano, e afirma que uma de nove pessoas de todo o mundo ainda não tem o suficiente para comer.

"A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais conspícua do que nunca", disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, em uma coletiva de imprensa.

O PMA é uma mola propulsora das iniciativas para evitar o uso da fome como arma de guerra e conflito, e a pandemia de Covid-19, que o PMA diz poder dobrar a fome mundial, o tornou ainda mais relevante, disse.

"A pandemia de coronavírus contribui para uma elevação forte do número de vítimas da fome no mundo", afirmou o comitê do Nobel.

"Até o dia em que teremos uma vacina, a comida é a melhor vacina contra o caos", acrescentou.

"Existe uma estimativa dentro do Programa Mundial de Alimentos de que... haverá 265 milhões de famintos dentro de um ano, então é claro que isto também é um clamor para a comunidade internacional não subfinanciar o Programa Mundial de Alimentos."

O PMA reagiu ao prêmio tuitando seus agradecimentos pelo "reconhecimento do trabalho dos funcionários do PMA, que colocam suas vidas em risco todos os dias para levar comida e assistência a mais de 100 milhões de crianças, mulheres e homens famintos em todo o mundo".

Em uma entrevista coletiva em Genebra, o porta-voz do PMA, Tomson Phiri, disse aos repórteres: "Para o PMA, neste ano, fomos muito além do cumprimento do dever."

"Tudo parou após as restrições nacionais e globais que vieram com a Covid-19. O PMA esteve à altura do desafio, conseguimos conectar comunidades. A certa altura, éramos a maior empresa aérea do mundo quando a maioria, se não todas as empresas aéreas comerciais, havia parado."

Dan Smith, diretor do Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo, disse que o Comitê Norueguês do Nobel quis enviar uma mensagem tanto de esperança, quanto de "apoio à cooperação internacional".

IPCA tem maior alta para setembro desde 2003 pressionado por alimentos, diz IBGE

BRASÍLIA (Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em setembro a maior alta para o mês desde 2003, de 0,64%, pressionado pelo aumento dos preços de alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA acumulou alta de 3,14%, frente a 2,44% nos 12 meses até agosto.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,54% em setembro, acumulando em 12 meses avanço de 3,03%.

Segundo o IBGE, o maior impacto no índice no mês veio do grupo alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,28%, após subir 0,78% em agosto. Essa aceleração decorreu principalmente da alta de 2,89% apontada nos alimentos para consumo em domicílio, com destaque para óleo de soja (+27,54%), arroz (+17,98%), tomate (11,72%) e leite longa vida (+6,01%).

Outros grupos que tiveram altas relevantes foram artigos de residência (+1%) --que inclui televisores e mobiliário-- transportes (+0,70%) e habitação (+0,37%).

O único dos nove grupos monitorados que apresentou queda expressiva foi o de saúde e cuidados pessoais (-0,64%). O grupo educação oscilou 0,09% para baixo.

Em agosto, o IPCA havia subido 0,24%. Em setembro de 2003, a alta foi de 0,78%.

Apesar da alta, a inflação em 12 meses segue abaixo da meta do Banco Central para 2020, que é de 4%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

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Fonte:
Reuters

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