EPA aprova novos registros para produtos à base de dicamba da Bayer e Basf

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) aprovou novos registros para os herbicidas à base de dicamba XtendiMax with VaporGrip Technology, da Bayer, e Engenia, da Basf. Os registros têm validade de cinco anos. A agência também estendeu até 2025 o registro do herbicida à base de dicamba Tavium Plus VaporGrip Technology, da Syngenta. Segundo a EPA, esses registros só valem para uso em lavouras de algodão e soja tolerantes ao dicamba.
"Com a decisão, agricultores agora têm a segurança de que precisam para planejar a safra de 2021", disse em comunicado o administrador da EPA, Andrew Wheeler. "Após revisar uma quantidade substancial de novas informações, conduzir avaliações científicas baseadas na melhor ciência disponível, e considerar cuidadosamente a opinião das partes interessadas, chegamos a uma resolução que é boa para produtores e o meio ambiente."
Em junho deste ano, um tribunal em São Francisco rejeitou a decisão da EPA de estender por mais dois anos, em outubro de 2018, o registro desses produtos. Quando a EPA prorrogou o registro, impôs restrições ao uso do dicamba para que sua aplicação não causasse danos em campos vizinhos. Em sua decisão, porém, o tribunal disse que a agência subestimou os riscos do herbicida, além de não reconhecer outros riscos. A decisão foi tomada após ação movida por um grupo de organizações ambientais. Apesar disso, a EPA autorizou o uso limitado de estoques de químicos existentes e já adquiridos.
Produtores que cultivam lavouras não tolerantes ao dicamba se queixam de deriva, ou seja, após a aplicação, o defensivo acabaria chegando a outros cultivos, prejudicando essas lavouras.
A decisão desta terça-feira inclui algumas medidas de controle para evitar a deriva. Por exemplo, antes de aplicar o herbicida, o agricultor terá de misturar ao produto um agente de redução de volatilidade (VAR, na sigla em inglês). Outra das medidas prevê que o dicamba não poderá ser aplicado em lavouras de soja após 30 de junho e em plantações de algodão após 30 de julho. Além disso, os rótulos dos produtos e as instruções de uso terão de ser simplificados para que produtores possam determinar com mais facilidade quando e como aplicar corretamente o herbicida.
A EPA disse que, antes de aprovar os registros, ouviu órgãos reguladores estaduais, grupos de produtores, acadêmicos, fabricantes de pesticidas, entre outros. A agência disse acreditar que as análises que foram conduzidas abordam os pontos levantados pelo tribunal de São Francisco em sua decisão de junho.
0 comentário
IPCF de novembro já é o mais favorável ao agricultor desde abril
Alto Taquari/MT e Alto Garças/MT sofreram com falta de chuvas para as lavouras de soja
Terrus Regeneração apresenta 1ª plataforma para posicionamento de biossoluções baseada na tipologia de argila
Krilltech lança Projeto Biocabruca com apoio da Finep para impulsionar sustentabilidade no cultivo de cacau
Novo marco da pesca propõe regras claras para diferenciar aquicultura e pesca extrativa
Produção de óleo de palma da Malásia chegará a 20 mi t pela primeira vez, diz conselho