Café deveria subir diante de safra menor esperada no Brasil em 2021, diz Itaú BBA

Publicado em 12/11/2020 14:09

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O Brasil está exportando grandes volumes de café em 2020, escoando uma safra histórica e de boa qualidade, mas o mercado já deveria reagir a expectativas de uma queda acentuada no próximo ano, período de baixa na bianualidade do arábica que será agravado pela seca que atinge as regiões produtoras, disse nesta quinta-feira um analista do Itaú BBA.

César de Castro Alves afirmou que o banco de investimento trabalha com cenários de queda na exportação para um intervalo de 33 milhões a 38 milhões de sacas de 60 kg em 2021, por conta da esperada quebra de safra.

Até o momento, o Brasil exportou nos primeiros dez meses de outubro 35 milhões de sacas, considerando grãos verdes (31,7 milhões) e industrializados (3,34 milhões), após exportar um volume recorde para outubro de 4,1 milhões de sacas.

"Inevitavelmente, teremos menos café para exportar", disse Alves sobre o próximo ano, durante evento online promovido pela CNA/Senar.

"(O mercado de) Nova York deveria subir, independentemente do nível de câmbio, de modo que os preços em reais fossem mais elevados do que estão hoje, essa é a leitura que tenho", projetou ele, considerando a esperada quebra de safra.

Em avaliação divulgada na semana passada, o Itaú BBA havia projetado uma queda de 14% a 21% de safra de café do Brasil, maior produtor e exportador global da commodity, na próxima temporada (2021/22).

"Ano que vem já seria uma safra menor (pela bianualidade), e ela será um pouco menor", afirmou o analista, citando a seca.

Os preços do café arábica negociados em Nova York tiveram um pico de próximo de 1,35 dólar por libra-peso em abril, o maior patamar do ano, e estão agora em torno de 1,10 dólar.

(Por Roberto Samora; Edição de Luciano Costa)

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Fonte:
Reuters

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