Bolsonaro diz que vacina contra Covid-19 é para proteger população e não para "fins políticos"

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira em uma rede social que a vacina contra Covid-19 tem por objetivo proteger a população e não deve para ser usada para fins políticos, em mais uma crítica indireta ao governador de São Paulo, João Doria.
"O Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita e voluntária após comprovada eficácia e registro na Anvisa. Vamos proteger a população respeitando sua liberdade, e não usá-la para fins políticos, colocando sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder", disse Bolsonaro no Twitter.
Pouco antes, em um pronunciamento no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também mandou um recado indireto a Doria, que anunciou na véspera o início da vacinação com a CoronaVac no Estado em 25 de janeiro.
"Não podemos dividir o Brasil num momento em que todos nós passamos essas dificuldades", afirmou Pazuello.
Doria defende que a CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac que está sendo testada e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, seja incluída no Programa Nacional de Imunização, mas o governo federal resiste.
Bolsonaro já vetou publicamente um acordo do governo federal para uso da CoronaVac.
Após decisão do STF, Bolsonaro diz que "ninguém vai destruir" relação entre governo e Congresso
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro exaltou nesta terça-feira o que considera "perfeita harmonia" entre o governo e o Congresso Nacional e disse que "ninguém vai destruir" esse relacionamento, dois dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"Temos hoje em dia, Ricardo Barros (falando para o líder do governo na Câmara que estava na plateia), um excelente entrosamento com a Câmara e com o Senado", disse ele, em evento no Palácio do Planalto de lançamento de um programa de capacitação de agentes de saúde.
"Hoje foram aprovadas medidas importantíssimas para o Brasil. Isso vem da perfeita harmonia entre o Executivo e o Legislativo, quem podia esperar isso? Há pouco tempo, anos, tínhamos problemas, uma briga quase fratricida entre irmãos, hoje tem um perfeito relacionamento entre nós e ninguém, Ricardo Barros, vai destruir esse nosso relacionamento, porque nós temos como norte o Brasil acima de tudo", afirmou.
Na terça, a Câmara dos Deputados concluiu a votação de um projeto de autoria do governo que permite o uso progressivo de navios estrangeiros na navegação de cabotagem. O texto segue para o Senado.
Bolsonaro exaltou que "cada vez estamos nos entrosando melhor, nos entendendo melhor e essa harmonia vai prevalecer".
O Supremo barrou a possibilidade de recondução de Maia e Alcolumbre para mais um mandato, decisão essa que acabou por antecipar discussões sobre a sucessão para os dois cargos. A posição da corte deflagrou um movimento nas duas Casas Legislativas de candidaturas com perfil independente ao Planalto, conforme mostrou a Reuters em reportagem nesta segunda-feira.
5G E VACINAS
O presidente disse que, no seu governo, cada ministro tem sua atribuição e se vive em harmonia sem nenhum ultrapassar os seus limites. Destacou que ninguém fala sobre vacina contra Covid-19 com ele sem antes discutir o assunto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assim como não falam da adoção da tecnologia 5G sem conversar previamente com o ministro das Comunicações, Fabio Faria.
Presente à solenidade, Pazuello tem liderado as discussões sobre a compra dos imunizantes para o enfrentamento do novo coronavírus. Faria, por sua vez, tem debatido sobre qual empresa de 5G poderá participar do leilão no país de adoção dessa tecnologia.
Conforme reportagem da Reuters, o Planalto tenta encontrar formas de transformar em decreto restrições à participação no leilão da chinesa Huawei no fornecimento de equipamento para as teles brasileiras.
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