Cotação do milho fecha a 2ªfeira acomodada na B3

A segunda-feira (29) chega ao final com os preços do milho pouco modificado no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Brasília/DF (1,35% e preço de R$ 73,00), Tangará da Serra/MT (1,37% e preço de R$ 72,00) e Campo Novo do Parecis/MT (1,41% e preço de R$ 70,00)
Já as valorizações apareceram apenas nas praças de Não-Me-Toque/RS (0,63% e preço de R$ 80,00), Panambi/RS (0,68% e preço de R$ 80,04), Palma Sola/SC (1,19% e preço de R$ 85,00), Cascavel/PR (1,22% e preço de R$ 83,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (5,71% e preço de R$ 74,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, “os preços do milho no mercado físico estão nos mesmos patamares desde os dias 15/16 de março nas praças de São Paulo. Com a finalização da colheita da safra de soja, o plantio avançou em boa parte das regiões produtoras. No cenário externo, as expectativas se voltam para a estimativa da área plantada nos EUA”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem em patamares recordes na maior parte das regiões “sustentados pelo baixo volume em estoque, por incertezas quanto à produtividade das lavouras de segunda safra e pela demanda interna firme. Por enquanto, estimativas oficiais (que devem ser ajustadas à medida que as lavouras forem se desenvolvendo) seguem indicando safra recorde.
Agentes consultados pelo Cepea temem que o atraso na semeadura possa desfavorecer a produtividade. “Além disso, a maior umidade em regiões do Centro-Oeste e a falta de chuvas e altas temperaturas em áreas do Sul e do Sudeste são acompanhadas de perto por agentes – esse contexto, inclusive, também contribui para sustentar os valores domésticos”.
Assim, de 19 a 26 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), se manteve praticamente estável (-0,47%), fechando a R$ 93,40/saca de 60 kg na sexta-feira, 26.
B3
Os preços futuros do milho perderam força ao longo do dia e, após subir pela manhã, encerraram a segunda-feira praticamente estáveis na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,07% negativo e 0,08% positivo ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 94,56 com alta de 0,01%, o julho/21 valeu R$ 89,67 com ganho de 0,08%, o setembro/21 foi negociado por R$ 84,50 com elevação de 0,04% e o novembro/21 teve valor de R$ 85,12 com queda de 0,07%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, considera que o milho na B3 está em uma acomodação nesse patamar de R$ 94,00 no curto prazo de maio e abaixo de R$ 90,00 de julho para frente, em sinal de que já há uma acomodação.
“De abril em diante o setor de ração deve se ajustar e nós poderemos ter até queda no uso de ração em abril e maio, com o setor esperando para voltar as compras com a chegada da safrinha de junho em diante. O mercado bateu no teto e não consegue evoluir, esses patamares dão prejuízo para o consumidor”, diz.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro contabilizaram perdas durante toda a segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 4,50 e 5,75 pontos ao final do primeiro dia da semana.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,46 com desvalorização de 5,75 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,31 com queda de 4,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,79 com baixa de 4,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,61 com perda de 5,28 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,09% para o maio/21, de 0,75% para o julho/21, de 0,83% para o setembro/21 e de 1,07% para o dezembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na segunda-feira, os mercados agrícolas do CME Group começam a semana em baixa. Jason Ward, da Northstar Commodity, disse à publicação, que todos parecem estar focados em quantos acres vamos plantar, com todos esperando uma quantidade recorde de acres de milho/soja combinados.
“Qualquer coisa acima de 180,3 milhões de acres quebraria o recorde de 2017, e ninguém está esperando uma área menor. O interessante serão as estimativas de estoque. É interessante notar que, das estimativas mais altas para as mais baixas na categoria de milho, existe uma faixa de 407 milhões de bushel. Esta é uma diferença substancial no suprimento de milho de um volume máximo para o mínimo de 1.500 bilhões de bushel”, diz Ward.
A Agência Reuters acrescenta ainda que, previsões de clima favorável para o plantio no meio-oeste norte-americano também contribuíram para esse recuou de 1%.
“Os futuros de milho da CBOT foram negociados em baixa nas previsões de temperaturas acima do normal em todo o cinturão do milho durante a primeira metade de abril, o que poderia contribuir para um início oportuno do plantio de milho nos EUA”, apontou Dan Cekander, presidente da DC Analysis.
0 comentário
Com mercado lento, cotações do milho recuam na B3 nesta segunda-feira
Em apenas 15 dias úteis, Brasil já exportou mais milho do que em todo dezembro de 2024
Força de demanda segue mantendo futuros do milho de Chicago em alta nesta segunda-feira
Cotações do milho abrem a segunda-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago
Milho/Cepea: Com demanda ainda fraca, preços caem em parte das praças
Futuros do milho recuam em Chicago nesta sexta-feira, mas ainda acumulam ganhos semanais