OIC atualiza previsão de consumo global, reduz estimativa de superávit e café encerra com valorização

Depois de iniciar o dia com poucas variações, o mercado futuro do café arábica encerrou essa sexta-feira (4) novamente com valorização expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US), recuperando assim as baixas da última sessão. Os preços voltaram a subir após novos números da Organização Internacional do Café (OIC) serem divulgados nesta sexta-feira (4). Segundo a análise do site internacional Barchart, os preços se recuperaram depois que a OIC elevou sua previsão de consumo global de café para 2020/21 e cortou sua estimativa de superávit global de café para 2020/21.
Julho/21 teve alta de 405 pontos, negociado por 161,65 cents/lbp, setembro/21 teve alta de 400 pontos, valendo 163,65 cents/lbp, dezembro/21 registrou valorização de 390 pontos, negociado por 166,35 cents/lbp e março/22 teve alta de 390 pontos, valendo 168,80 cents/lbp.
"A OIC aumentou sua previsão de consumo global de café em 2020/21 para 167,564 milhões de sacas, ante uma previsão anterior de 166,346 milhões de sacas, e cortou sua estimativa de superávit global de café em 202021 para 2,019 milhões de sacas, de uma estimativa anterior de 3,286 milhões de sacas", afirma.
O preço do café na sexta-feira inicialmente caiu devido à longa pressão de liquidação, depois que a Somar Meteorologia previu uma frente fria para o Brasil neste domingo, que trará chuva para as áreas de cafeicultura do Brasil na próxima semana. Vale ressaltar, no entanto, que as condições nas lavouras brasileiras seguem críticas, já que o volume de chuva ficou abaixo da média esperada no primeiro semestre.
No acumulado semanal o contrato com vencimento em julho/20, principal referência no mercado, avançou mais 0,37% e encerra as negociações acima dos 160 centavos de dólar por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, com redução da oferta na safra brasileira, problemas logísticos na Colômbia e demanda aquecida, o cenário segue sendo de preços firmes para o café.
Também voltou a subir nesta sexta-feira as cotações do café tipo conilon na Bolsa de Londres. Julho/21 teve alta de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 1612, setembro/21 teve alta de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 1638, novembro/21 teve alta de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1657 e janeiro/22 registrou valorização de US$ 26 por tonelada, negociado por US$ 1671. Durante essa semana, os preços do conilon tiveram suporte na redução das exportações do Vietnã - maior produtor de conilon do mundo, que registraram queda de 11% nos primeiros meses de 2021.
No Brasil, o mercado físico também teve um dia de valorização em algumas praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,31% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 885,00, Araguarí/MG teve alta de 2,35%, negociado por R$ 870,00 e Franca/SP teve queda de 1,10%, negociado por R$ 900,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,53% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 945,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 2,21%, negociado por R$ 925,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 915,00, Varginha/MG por R$ 960,00 e Campos Gerais/MG por R$ 959,00.
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