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Conab tira quase 10 milhões de toneladas da projeção de produção para a safrinha de milho

Publicado em 10/06/2021 11:29
Relatório também indica maior tendência de importação de milho e menor expectativa de exportação

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A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de junho e trouxe dados sobre as três safras de milho, além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.

Para a segunda safra, a entidade reduziu a expectativa de produção brasileira das 79,799 milhões de toneladas estimadas no último relatório divulgado em maio, para 69,957 milhões de toneladas, representando redução de 6,8%, comparada a safra passada, mesmo com aumento de 8,4% na área plantada de 14,905 milhões de hectares.

“A segunda safra de milho ficará substancialmente abaixo dos níveis projetados para o mês anterior em razão das condições de seca verificadas nos principais estados produtores, apontadas como o principal motivo para os cortes realizados”, diz a Conab.

A publicação ainda não descarta que novos cortes de produção possam acontecer devido ao clima na reta final da safrinha. “No sul do país, massas de ar frio ganharam intensidade nas últimas semanas, contribuindo também para afetar a produção, sendo ainda imprecisos os elementos para dimensionar os impactos nas lavouras. Com o plantio tardio, também consequência da irregularidade climática, o risco de geada aumentou de forma significativa e pode impactar ainda mais os números”.

Primeira Safra

Para a safra de verão, a Conab consolidou o aumento de área cultivada em 3%, chegando à 4,364 milhões de hectares. Esse fato, no entanto, não foi suficiente para compensar os efeitos do clima, com a produção apresentando forte redução e atingindo 24,717 milhões de toneladas, queda de 3,8% em comparação ao volume produzido no período 2019/20.

“O atraso das chuvas interferiu no planejamento da produção das lavouras do milho primeira safra, ocorrendo mudanças para a soja como também a decisão de transferir o plantio do cereal para o período da segunda safra”, afirma a Conab.

Terceira Safra

Já para a terceira safra, o relatório mensal destaca o início dos trabalhos de plantio na região do Sealba (que engloba Sergipe, Alagoas e Bahia), Amapá e Roraima para uma área estimada em 570,3 mil hectares, um incremento de 6,5% com relação à 2020.

“O incentivo na produção de grãos, particularmente no Sealba, tem recebido destaque por parte das secretarias de agricultura locais, transformando a monocultura predominante da cana-de-açúcar em diversidade de plantio, com mais opções de rentabilidade. Os produtores de grãos vêm apostando de forma gradativa na ampliação de suas áreas impulsionadas pela crescente demanda e no suporte dado pelo mercado. Além disso, as regiões produtoras estão localizadas de maneira estratégica para a comercialização dos grãos, já que estão próximas do Ceará e Pernambuco, principais consumidores regionais de soja e milho”, pontua.

Oferta e Demanda

Diante destes cenários, a expectativa da Conab para a produção total caiu para 96,4 milhões de toneladas, redução de 6% em relação à safra 2019/20 e menor do que as estimativas de maio (106,4 milhões), abril (109 milhões) e março (108,1 milhões).

De olho no consumo, o relatório manteve inalterado a expectativa de que o Brasil deva utilizar 72,9 milhões de toneladas durante a safra 2020/21, aumento de 6,2% do último período.

Por outro lado, a projeção de importação subiu para 2,3 milhões de toneladas, ante a de 1 milhão de maio. “Este ajuste ocorre após constatação da elevação das importações de milho no primeiro semestre de 2021 em percentual superior à 60% ao observado no mesmo período de 2020, e expectativa de ampliação também no segundo semestre”.

A Conab revisou também o que espera para exportação, reduzindo o número de 35 milhões de toneladas esperadas em maio, para 29,5 milhões de toneladas. “A adequação ocorre diante da verificação do menor anseio dos trades em comercializar o grão para o mercado externo, posto que as cotações do cereal no mercado doméstico se apresentam mais remuneradoras na atual conjuntura”, explica.

Sendo assim, o estoque final em 2020/21 deverá ser de 7,6 milhões de toneladas, redução de 27,4% em relação à safra anterior, e também menor do que a última projeção de 10,9 milhões divulgada em maio. “Este novo arranjo é explicado, principalmente, pela redução da produção total de milho causada pelas adversidades climáticas ocorridas na safra em curso”.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO

    Dona CONAB começando a abrir os olhos para a realidade...

    2