Crédito para o agronegócio evoluiu desde modelo baseado em emissão de moeda, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta segunda-feira o papel do Banco do Brasil em transformar o país em "celeiro do mundo", ressaltando que o modelo de crédito da instituição se modernizou muito desde o fim do regime militar, quando o financiamento era baseado em emissão de moeda.
"No final do governo militar a inflação foi subindo em cima da teoria de que vamos dar mais crédito para o campo que a comida vai ficar mais barata. E na verdade a comida foi ficando mais cara, cara, o tempo inteiro e a inflação subindo", disse Guedes, criticando o fato de o país ter tentado apoiar a produtividade agrícola "na base do orçamento monetário".
"(O BB) é parceiro de todos os tempos mesmo, agora de uma forma cada vez mais moderna", acrescentou o ministro, em cerimônia de lançamento do Plano Safra.
Em sua fala, o presidente Jair Bolsonaro também reconheceu que houve "um problema" nos governos militares com a emissão de moeda, mas procurou minimizar a questão.
"Se nos finais dos governos militares tivemos um problema de emissão de dinheiro, também começou em meados dos governos militares --especificamente no governo Geisel-- a crença na agricultura com (o ministro da Agricultura) Alysson Paullinelli. Então o governo se faz de erros e se faz de acertos em grande parte obviamente, e nós aprendemos com a experiência dos outros e isso mostra que o povo é inteligente", disse ele.
A emissão de moeda é tida por especialistas como uma das causas do aumento da inflação naquele período.
SUPERAÇÃO
Na cerimônia, Paulo Guedes também chamou atenção para o fato de a agropecuária ter superado a produção industrial como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
"O setor agro brasileiro desafiou a baixa qualidade das políticas econômicas e afirmou a sua vantagem comparativa no cenário mundial", disse Guedes.
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