Melancia/Cepea: De Norte a Sul, La Niña vem trazendo preocupações
Enquanto produtores de melancia do Rio Grande do Sul têm enfrentado problemas com a estiagem, as lavouras baianas estão sendo negativamente impactadas por chuvas intensas nas últimas semanas.
Nas praças gaúchas, as atividades de plantio e de colheita de melancia continuam a avançar, com previsão de início dos carregamentos aos demais estados nesta semana (13 a 17/12). A princípio, o tempo seco na região favoreceu o desenvolvimento das frutas, gerando calibre e qualidade satisfatórios. No entanto, a persistência de estiagem no estado tem causado limitações aos produtores. As regiões de Arroio dos Ratos e Encruzilhada do Sul são as mais impactadas, com volume de chuva acumulado, nos últimos 30 dias, de 70 e 50 mm, respectivamente, segundo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Além das menores precipitações, a alta amplitude térmica deve comprometer a qualidade das melancias, ocasionando queimaduras nas cascas das frutas – o que pode diminuir seus valores de comercialização.
Por outro lado, em Teixeira de Freitas (BA), chuvas acima da média têm dificultado carregamentos, gerando paralisação da atividade em algumas lavouras. Ainda segundo dados do Inmet, há regiões do estado onde as precipitações passaram de 200 mm – enquanto produtores locais afirmam que os volumes foram superiores a 400 mm em algumas localidades. O cenário descrito, além de ocasionar atrasos nas colheitas, também vem comprometendo qualidade e desenvolvimento das melancias, que estão com menor º brix (parâmetro que mede a doçura das frutas).
Vale ressaltar que os elevados volumes de chuva já haviam impactado o estado anteriormente, dificultando a polinização das áreas, gerando menores produtividades. Sendo assim, a passagem do La Niña deverá comprometer a produção e a qualidade das melancias nacionais ao longo dos meses seguintes, além de limitar os ganhos e a rentabilidade dos produtores.
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