Bolsonaro nega ser contra vacina e prevê queda da inflação neste ano
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Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira ser contra a vacinação contra Covid-19, afirmando que o governo federal adquiriu 400 milhões de doses de imunizantes contra a doença, e afirmou que a inflação cairá neste ano, depois de fechar 2021 em alta de 10,06%.
Em entrevista à Rádio Viva, do Espírito Santo, Bolsonaro também afirmou que terá problemas na eleição deste ano caso decida buscar um segundo mandato, ao mesmo tempo que disse acreditar estar cumprindo uma missão divina na Presidência e prometeu brigar para, segundo ele, não permitir uma volta atrás.
"Deixo bem claro, foi o nosso governo que comprou 400 milhões de doses de vacinas. Continuam me acusando de ser contra a vacina, mas como contra se eu comprei 400 milhões de doses?", disse o presidente.
"O que eu entrei na disputa nas últimas semanas é quando se falou em vacinar crianças de 5 a 11 anos. Ou seja, prevaleceu a vontade nossa, do Ministério da Saúde, onde as crianças podem se vacinar desde que os pais autorizem", acrescentou.
Bolsonaro, que afirma não ter se vacinado contra a Covid-19, diz, por exemplo, contrariando evidências científicas, que quem contraiu e se recuperou da doença, como ele, tem uma imunidade maior contra o coronavírus do que a fornecida pelos imunizantes.
O presidente também já criticou quem chama de "tarados por vacinas" e questionou, mais uma vez contrariando evidências, a eficácia e segurança da vacina contra Covid em crianças. Disse ainda que não vacinará sua filha de 11 anos.
Bolsonaro reconheceu que o desemprego e a alta da inflação são problemas, ao mesmo tempo que voltou a responsabilizar as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da Covid-19, mas afirmou que inflação irá arrefecer em 2022.
"Vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar neste ano", prometeu.
O presidente também acusou a esquerda de buscar o poder destruindo os valores da família e disse que seus opositores o atacam porque querem que ele desista.
"Eu não vou desistir. Não tenho apego por essa cadeira, mas entendo que estou aqui por uma missão de Deus. Afinal de contas Ele salvou minha vida em 2018", disse referindo-se à facada que levou durante a campanha eleitoral.
"Então a missão está posta. Obviamente a gente vai ter problema em uma possível reeleição, mas temos que brigar para que nós não venhamos a voltar atrás", afirmou, sem especificar que problemas enfrentará.
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