Desemprego tem novo recuo e fica em 9,3% no trimestre até junho, diz IBGE
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Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar, puxada pelo aumento do trabalho informal, e ficou em 9,3% nos três meses até junho, menor patamar para o período desde 2015, enquanto a renda real dos trabalhadores seguiu em queda na comparação com o ano anterior, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira .
Essa foi a quarta queda consecutiva do desemprego na comparação com trimestres anteriores e veio um pouco melhor do que o esperado por analistas, que, em pesquisa da Reuters, previram uma taxa de 9,4% no período.
No trimestre encerrado em maio, o desemprego estava em 9,8%. No mesmo período do ano passado, a taxa era de 14,2%.
A população ocupada foi estimada em 98,3 milhões no trimestre até junho, recorde da pesquisa, iniciada em 2012, e alta de 3,1% sobre o trimestre anterior, enquanto o número de desempregados recuou 15,6%, para 10,1 milhões.
O número de trabalhadores formais cresceu 2,6% no período, para 35,8 milhões, enquanto os sem carteira assinada no setor privado tiveram alta mais expressiva, de 6,8%, para 13 milhões de pessoas, dado recorde. A taxa de informalidade foi de 40,0% no trimestre encerrado em junho.
O número de trabalhadores por conta própria, somados formais e informais, foi estimado em 25,7 milhões, maior nível da série.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destacou o papel importante da informalidade no crescimento recente da ocupação. "Podemos observar que parte importante dos serviços, como os serviços pessoais prestados às famílias, tem grande participação de trabalhadores informais e está influenciando essa reação da ocupação. Isso também tem ocorrido na construção, setor com parcela significativa de informais", afirmou em nota.
O rendimento real habitual dos trabalhadores seguiu estável na comparação com o trimestre anterior, em 2.652 reais, mas com queda real de 5,1% na comparação anual, em meio à alta da inflação.
A ocupação aumentou em diversos setores no trimestre frente ao trimestre móvel anterior, com destaque para indústria (+2,7%), construção (+3,8%) e comércio (+3,4%).
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