Câmara dos Deputados da Itália elege presidente de direita e pró-Putin
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Por Angelo Amante e Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - Um político pró-Rússia e antigay foi eleito presidente da Câmara dos Deputados da Itália nesta sexta-feira, um dia depois de um parlamentar nacionalista, que coleciona recordações fascistas, tornar-se presidente do Senado.
As votações para os dois cargos ocorrerem após as eleições parlamentares do mês passado, que foram vencidas por uma aliança de partidos conservadores: os Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, liderado pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Meloni deve ser nomeada primeira-ministra antes do final do mês, mas a formação do gabinete está se mostrando muito mais difícil do que o esperado, com Berlusconi particularmente furioso pela recusa da futura líder em satisfazer seus pedidos de cargos importantes.
Meloni procurou moderar sua imagem durante a campanha eleitoral, minimizando seu euroceticismo anterior e insistindo que seu partido é o principal grupo conservador do país.
No entanto, a eleição de presidentes para as duas câmaras do Parlamento destacou o núcleo forte e de extrema-direita que permeia sua coalizão.
A escolha do veterano do partido Ignazio La Russa, que em 2018 exibiu suas lembranças do ditador fascista Benito Mussolini, para comandar o Senado era esperada.
A escolha pelo parlamentar da Liga Lorenzo Fontana como presidente da Câmara, porém, foi uma surpresa. Ele é conhecido por suas posições socialmente conservadoras e eurocéticas e elogiou repetidamente o presidente russo, Vladimir Putin, chamando-o em 2018 de "uma luz brilhante até para nós no Ocidente".
Fontana é uma figura bem conhecida e controversa na Itália. Certa vez, ele disse que o casamento gay e a imigração em massa ameaçavam acabar com as tradições do país, e ele é fervorosamente contra o aborto.
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