Caramuru Alimentos registra receita líquida recorde de R$ 8,63 bilhões em 2022
A Caramuru Alimentos S.A. obteve receita recorde de R$ 8,63 bilhões em 2022, informou a companhia em seu relatório de resultados do 4º trimestre de 2022 e do consolidado do ano, divulgado nesta quarta-feira, dia 15 de março. O valor é o maior dos 59 anos de história da empresa, completados no último final de semana, e representa um crescimento de 13,6% sobre o exercício anterior. O EBITDA Ajustado alcançou R$ 639,2 milhões, crescimento de 10,8% sobre o mesmo período de 2021, e o lucro líquido alcançou R$ 348,7 milhões.
Segundo a empresa, 2022 foi mais um ano de realizações para a Caramuru. “Foi o quarto ano consecutivo de crescimento nos resultados, com diversas conquistas operacionais e financeiras”, celebra Júlio César da Costa, CEO da Caramuru. “O portfólio de commodities diferenciadas e produtos de consumo B2B e B2C permitiu à companhia ter uma carteira de clientes diversificada, potencializando o crescimento da receita nos mercados interno e externo”, explica Júlio.
Diante dos desafios do ano anterior, a estratégia de diversificação no portfólio se mostrou acertada, contribuindo positivamente para o crescimento da receita. No comparativo anual, a participação do segmento de commodities diferenciadas em relação a receita líquida foi de 36%, de commodities 19%, biocombustíveis 30% e produtos de consumo 15%.
Em 2022, tanto a Receita Líquida proveniente do Mercado Interno quanto a Receita Líquida referente ao Mercado Externo apresentaram crescimento em relação a 2021. O Mercado Interno apresentou 13% de crescimento principalmente devido a preços mais elevados de biodiesel, maiores volumes de farelos e óleos. Já no Mercado Externo, houve um crescimento de 14,7%, com preços em dólares mais apreciados, volumes maiores e aumento nas exportações de milho em grãos no período. Em relação à participação na Receita Líquida total, em 2022 o mercado interno representou 60,8%, em linha com os 61,2% em 2021.
Investimentos
No ano de 2022 foram muitos investimentos. Durante o período, a Caramuru aprovou o investimento de mais uma planta industrial de glicerina refinada, a ser implantada na unidade de Sorriso-MT, aproveitando o know how operacional e comercial, além da disponibilidade de matéria-prima e potencial da região. Outro investimento na unidade em Sorriso, a construção de um armazém graneleiro, com capacidade de 120.000 toneladas, já em operação e recebendo soja NGMO, proporcionando rastreabilidade e redução nos custos de originação.
A companhia também investiu na planta de farelo SPC GMO (geneticamente modificado) em Itumbiara-GO, que está em fase de conclusão, com previsão de início das operações para o final do segundo trimestre de 2023. O investimento permitirá à empresa atuar em outros nichos de mercado de commodities diferenciadas, principalmente no mercado sul-americano de produtores de ração para aquicultura, bem como no mercado do sudeste asiático.
Uma grande novidade para este ano é o etanol de soja que está na fase final das aprovações regulatórios, que em breve será comercializado pela empresa. “Todos, importantes avanços que irão contribuir, em 2023, na redução de custos e alto valor agregado de mercado”, afirma o CEO.
Programas e Iniciativas ESG
Desde a sua fundação, a Caramuru desenvolve sua governança em sustentabilidade, promovendo a adoção de melhores práticas sustentáveis, continuamente assumindo compromissos e ações junto ao mercado e à sociedade, contribuindo em diferentes frentes da agenda ESG.
Em 2022, dando sequência ao programa de “Liability Management”, a empresa concluiu a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), no valor de R$ 600 milhões alinhada com os Green Bonds Principles, com base nos benefícios ambientais e climáticos. O PPE Sustentável (Pré-Pagamento à Exportação) foi mais uma iniciativa concluída no ano passado. No valor de US$80 milhões, o PPE conta com duas metas relacionadas aos principais desafios do setor: emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa) e rastreabilidade da cadeia de fornecedores de matéria-prima.
As duas operações somaram mais de R$ 1 bilhão de captação, otimizando a estrutura de capital com melhores taxas, prazos e cronograma de amortização.
Para o ano de 2023, juntamente com a publicação do Relatório de Sustentabilidade, a Companhia espera mensurar o escopo 3 do inventário de GEE (Gases de Efeito Estufa) e, submeter o Programa Sustentar ao FEFAC ( “The European Feed Manufacturers' Federation”), para o reconhecimento da aderência aos padrões internacionais de sustentabilidade.
A companhia espera uma continuidade de bons resultados para 2023, e para seguir entregando resultados positivos no mesmo ritmo de crescimento observado nos últimos anos, a prioridade segue na direção da otimização dos processos, diversificação do portfólio de produtos, para atingir novos mercados e clientes, além da continuidade dos programas e iniciativas ESG, que serão essenciais para o atingimento dos objetivos e metas para o ano.
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