Vamos zerar o déficit, mas ter ou não superávit é outra discussão, diz Tebet
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(Reuters) - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta segunda-feira que o arcabouço fiscal vem ao encontro do anseio do governo de zerar o déficit público, mas ela frisou que não pode ainda falar sobre futuros superávits nas contas.
"Eu paro no zerar o déficit, porque se nós vamos ter superávit ou não, essa é uma outra discussão, eu não posso falar, não posso abrir", disse a ministra durante evento da consultoria Arko Advice.
Tebet afirmou que a nova âncora fiscal será simples, transparente e crível, tratando tanto das receitas como das despesas, de olho na estabilização da dívida, e que a "moldura" da regra já está pronta, à espera de decisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os seus parâmetros.
"Os parâmetros é que vão dar aí a sustentabilidade, a credibilidade e a convicção de que o arcabouço fiscal vai sim estabilizar a dívida pública no Brasil, vai zerar o déficit fiscal", afirmou.
META DE INFLAÇÃO
Tebet afirmou que uma mudança na meta de inflação "não está na mesa" e que as definições sobre os juros são uma questão técnica que não diz respeito à sua pasta, mas ela criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária da semana passada, quando o Banco Central manteve a taxa de juros em 13,75%, sem sinalizar um afrouxamento futuro.
"O documento saiu no tom errado", disse Tebet, argumentando que o BC não reconheceu a evolução que teria acontecido no cenário doméstico.
Segundo Tebet, o principal desafio do seu ministério é o planejamento, em que o país não tem tradição, e não zerar o déficit fiscal. "Nós vamos zerar o déficit fiscal já a partir do final do ano que vem", acrescentou.
Ainda sobre o arcabouço, Tebet brincou que teria assinado uma cláusula de confidencialidade nas discussões que preveria como multa um ano do salário de ministra.
(Por Isabel Versiani)
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Gilberto Rossetto Brianorte - MT
A proposta para zerar o déficit vai ser mais ou menos assim: despesas com ensino público, bolsa família, auxilio alimentação para magistrados e promotores públicos, não entram no orçamento, porque são investimentos. Pra variar vira tudo em confusão... o presidente descondenado joga culpa na oposição, deputados e senadores só aprovam se o governo liberar emendas parlamentares. Mas no final tudo dá certo: o amor vence o ódio e o contribuinte paga a conta. Feliz é o pais que tem furacão e terremoto, mas não tem nossos políticos.