Haddad diz que terá reunião "conclusiva" sobre fiscal com Rui Costa na 4ª

Publicado em 28/03/2023 14:48 e atualizado em 28/03/2023 15:28

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá discutir na quarta-feira com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o novo acarbouço fiscal, em uma reunião que será "conclusiva".

"Como o ministro Rui teve leves problemas de saúde e permaneceu na Bahia, deixamos para amanhã a reunião sobre o arcabouço fiscal para verificar a possibilidade de ele poder participar", disse Haddad.

"Será amanhã, presencialmente ou virtualmente, com o ministro Rui, e é uma reunião que será conclusiva sobre o arcabouço", disse Haddad.

O ministro pontuou que a lei que estabelece o novo arcabouço tem como prazo para encaminhamento ao Congresso o dia 15 de abril, já que ela tem que estar compatível com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). "Mas isso não nos impede de já dizer qual vai ser a nova regra do novo arcabouço fiscal", afirmou.

Ao tratar do orçamento público, Haddad afirmou que o governo está fazendo um "trabalho forte" contra a sonegação e revendo "algumas desonerações".

"Porque esse é um compromisso de campanha, o de que nós tenhamos um orçamento condizente com aquilo que o eleitorado aprovou nas eleições de 2022, que é a garantia dos seus benefícios", disse.

Haddad falou na entrada do Ministério da Fazenda após retornar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do crédito consignado, dizendo ainda que uma decisão sobre essa questão será tomada nesta tarde.

Segundo o ministro, o comprometimento da renda em operações com o consignado será discutido com o governo.

Haddad fez também comentários sobre a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, publicada na manhã desta terça-feira.

Conforme Haddad, a ata da reunião do colegiado, que manteve na semana passada a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, está em linha com o comunicado.

Ao mesmo tempo, o ministro afirmou que a ata veio com termos mais "condizentes" com as perspectivas de harmonização entre o fiscal e o monetário.

"Acredito que (a ata do Copom) está em linha com o comunicado. Mas, da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata, com mais tempo de preparação, veio com termos, eu diria, mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre", firmou.

O comunicado da semana passada, na visão de boa parte do mercado financeiro e do próprio governo Lula, adotou um tom duro - ou hawkish, no jargão do mercado - ao tratar da inflação. A leitura é de que o BC deixou pouco espaço para corte de juros no curto prazo, o que vem gerando críticas dentro do governo.

Aos jornalistas nesta terça-feira, Haddad afirmou que o BC também precisa "ajudar" e que a economia é um organismo de dois braços (o fiscal e o monetário).

"O Banco Central também tem que nos ajudar. É um organismo que tem dois braços, um ajudando ao outro. Eu sempre insisto nessa tese, porque dá a impressão de que um é espectador do outro e não é assim que a política econômica tem que funcionar", defendeu Haddad. "São dois lados ativos concorrendo por um mesmo propósito, um mesmo objetivo, que é garantir crescimento com baixa inflação."

Ao tratar de Parcerias Público-Privadas (PPPs), Haddad afirmou ainda que as novas regras serão anunciadas em abril.

(Reportagem de Victor Borges)

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Fonte:
Reuters

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