Milho volta a subir forte na B3 nesta 4ª feira refletindo boas exportações e oferta preocupante
![]()
Novas e boas altas se registram para os futuros do milho negociados na B3 nesta quarta-feira (20). Perto de 10h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 0,75% e 1,18% entre as posições mais negociadas, levando o janeiro a R$ 71,11 e o maio a R$ 74,34 por saca.
O mercado continua a refletir as preocupações com a oferta - tanto nas perdas já registradas na safra de verão, quanto todo o comprometimento que já se observa para a safrinha 2024 - ao passo em que ainda encontra suporte na boa demanda externa pelo grão brasileiro. O que equilibra o caminhar dos preços, porém, é a fase de final de ano, onde os negócios ficam mais contidos.
"O mercado do milho continua mostrando boa movimentação de exportações, mas ritmo de compra recuou e compradores querendo pagar menos", afirma o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Internamente, porém, a demanda já vai perdendo ritmo. "As indústrias de ração estão em fase de manutenção e limpeza de equipamentos e silos, apontando que voltam em janeiro e que não estão preocupadas com o milho que ainda tem muito nas mãos dos produtores".
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, o mercado segue lateralizado e também já em ritmo de menos negócios em função do final do ano. Na manhã desta quarta, os futuros do cereal subiam timidamente, com ganhos de 1 a 1,25 ponto entre os contratos mais negociados. Assim, o março tinha US$ 4,73 e o julho, US$ 4,95 por bushel.
"A Bolsa de Chicago opera mista nessa manhã, com soja e milho em leve alta, passando por uma recuperação após a queda da última sessão, enquanto o trigo trabalha em leve baixa, com movimento corretivo, após testar alta ontem", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
O mercado sente ainda alguma pressão das preocupações com a logística em função das tensões na região do Canal de Suez e da elevação dos preços dos fretes marítimos e também da demanda mais lenta pelo milho norte-americano neste momento. Todavia, os dados oficiais sobre as importações recordes do cereal pela China reportados nesta quarta-feira ajudam a equilibrar as cotações, segundo explicam analistas e consultores de mercado.
0 comentário
Com mercado lento, cotações do milho recuam na B3 nesta segunda-feira
Em apenas 15 dias úteis, Brasil já exportou mais milho do que em todo dezembro de 2024
Força de demanda segue mantendo futuros do milho de Chicago em alta nesta segunda-feira
Cotações do milho abrem a segunda-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago
Milho/Cepea: Com demanda ainda fraca, preços caem em parte das praças
Futuros do milho recuam em Chicago nesta sexta-feira, mas ainda acumulam ganhos semanais