Mercado volta a projetar inflação acima de 4% neste ano no Focus, com dólar e PIB também mais altos
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SÃO PAULO (Reuters) - Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a subir a expectativa para a alta do IPCA ao fim deste ano, superando novamente 4%, assim como também melhoraram suas projeções para a economia de 2024 e elevaram a perspectiva para o dólar neste ano e no próximo, de acordo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA no término deste ano subiu para 4,05%, de 4,00% na semana anterior, no que havia sido a primeira queda na projeção após nove semanas consecutivas de alta.
A revisão ocorre na esteira do aumento na perspectiva para a alta dos preços administrados neste ano, agora em 4,59%, de 4,11% antes.
A expectativa para o avanço do IPCA em 2025 foi mantida em 3,90%.
O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa de câmbio agora é vista em 5,30 reais ao fim de 2024, ante 5,22 reais na semana anterior. No próximo ano, a projeção para o valor do dólar passou a 5,23 reais, de 5,20 reais anteriormente.
Na semana passada, os investidores voltaram a acirrar suas preocupações com o ajuste das contas públicas brasileiras, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou o cumprimento do arcabouço fiscal caso haja "coisas mais importantes para fazer", levando a divisa norte-americana a superar novamente 5,60 reais.
Os analistas consultados no Focus também subiram pela terceira semana a projeção para o crescimento do PIB neste ano, agora em 2,15%, de 2,11% no levantamento anterior. No entanto, a expectativa para a alta do PIB em 2025 caiu a 1,93%, ante 1,97% há uma semana.
Pela quinta semana consecutiva, os economistas também mantiveram a expectativa para o patamar da taxa básica de juros Selic neste ano e no próximo, a 10,50% e 9,50%, respectivamente.
(Por Fernando Cardoso)
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