Exportações de carne bovina batem recorde em janeiro e indicam um ano promissor
Se depender das marcas alcançadas em janeiro nas exportações brasileiras de carne bovina, 2025 já começa com perspectivas positivas. De acordo com a Análise da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) sobre os dados publicados na última sexta-feira (07) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o setor registrou o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica. Foram exportadas, para 114 países, 209.192 toneladas de carne bovina, com faturamento de US$ 1,002 bilhão, mantendo a tendência de alta que marcou todo o ano de 2024.
Em relação a janeiro do ano passado, o incremento foi de aproximadamente 2% no volume e 11,4% no faturamento, impulsionado por um preço médio 9,4% superior ao observado no mesmo período de 2024. Essa valorização ocorreu em praticamente todos os principais mercados de destino, alcançando a melhor média desde junho de 2023.
Os embarques para a China, principal destino da carne bovina brasileira, apresentaram uma leve redução na comparação com o mês anterior e com janeiro de 2024, totalizando 92.797 toneladas e gerando receita de US$ 452 milhões. Já os Estados Unidos, segundo maior comprador do produto, importaram 18.974 toneladas, com faturamento de US$ 106,6 milhões, o que representa uma queda de aproximadamente 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, a União Europeia aumentou suas compras em 82,6% na comparação com dezembro, atingindo 9.270 toneladas e movimentando US$ 69,7 milhões.
Outro destaque do mês foi a Argélia, que registrou um crescimento expressivo de 204% no volume importado, totalizando 8.059 toneladas e um faturamento de US$ 42,9 milhões. Para o presidente da Abiec, Roberto Perosa, os esforços do setor privado e do governo na negociação do shelf-life dos produtos brasileiros foram determinantes para abrir novas oportunidades para a indústria nacional, favorecendo o aumento dos embarques.
Sobre a queda das compras norte-americanas e o aumento expressivo das exportações para a Europa, Perosa destaca que esse movimento reflete as dinâmicas naturais do mercado: “Os Estados Unidos tiveram um maior estoque de carne interna neste início de ano, o que naturalmente reduziu sua demanda por importação. Além disso, o comportamento de consumo global está sempre sujeito às condições econômicas e às estratégias comerciais de cada país. No caso da União Europeia, observamos um aumento das compras devido à reposição de estoques e à disponibilidade e competitividade do produto brasileiro”, afirmou o presidente da Abiec.
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