Minério de ferro cai para mínima em quase 5 meses com peso de tensões tarifárias China-EUA
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Por Michele Pek
CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro caíram pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, com a escalada das tensões comerciais entre EUA e China contrapondo-se ao suporte da demanda sazonal pelo ingrediente de fabricação de aço durante o período de pico de construção em abril.
O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China, caiu 3,15%, terminando em 738,5 iuanes (US$100,73) a tonelada.
No início da sessão, os preços atingiram 735,5 iuanes, o menor valor desde 19 de novembro de 2024.
O minério de ferro de referência de maio na Bolsa de Cingapura recuou 3,14%, para US$94,55 a tonelada.
"Os futuros do minério de ferro reagiram, sem surpresa, às medidas comerciais 'olho por olho' entre as duas maiores superpotências do mundo", disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.
Pequim prometeu "lutar até o fim", rejeitando pedidos para retirar sua tarifa de 34% sobre as importações dos EUA, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas.
A nova taxa, se imposta, poderia elevar o total das tarifas dos EUA sobre os produtos chineses para 104%.
As tarifas norte-americanas, mais elevadas do que o previsto, podem afetar a demanda por aço na indústria manufatureira, enquanto a perspectiva geral para a demanda global despencou, disse a corretora Hexun Futures.
No entanto, a produção total de concentrados de minério de ferro entre as empresas de mineração na China atingiu uma máxima de nove meses, de acordo com dados semanais da consultoria chinesa Mysteel.
A mais recente escalada nas medidas comerciais iniciadas pelos EUA aumenta significativamente a probabilidade de a China liberar mais estímulos, acrescentou Widnell, da Navigate Commodities.
(Reportagem de Michele Pek)
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