UE e Emirados Árabes Unidos concordam em iniciar negociações de livre comércio
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BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia e os Emirados Árabes Unidos disseram nesta quinta-feira que concordaram em iniciar negociações de livre comércio, em meio à agitação e às incertezas criadas pelas decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionadas a tarifas de importação.
"Hoje, a presidente von der Leyen (da Comissão Europeia) realizou uma cordial ligação telefônica com Sua Alteza Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos. Durante a conversa, eles concordaram em iniciar negociações para um acordo de livre comércio", disse a UE em um comunicado.
As negociações vão se concentrar no comércio de bens, serviços, investimentos e aprofundamento da cooperação em setores estratégicos, incluindo energia renovável, hidrogênio verde e matérias-primas essenciais, disse a UE.
O presidente dos Emirados Árabes Unidos também afirmou que o acordo para iniciar as negociações para um Acordo de Parceria Econômica Abrangente (CEPA) com a UE tem como objetivo aprofundar as relações bilaterais e promover o crescimento econômico.
Ao reduzir tarifas e barreiras comerciais desnecessárias e melhorar o acesso ao mercado de bens e serviços, espera-se que o pacto promova oportunidades em setores-chave, incluindo manufatura avançada, saúde, logística e inteligência artificial, informou a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos(WAM).
A UE é o segundo maior parceiro comercial dos Emirados Árabes Unidos, respondendo por 8,3% do total do comércio não petrolífero dos Emirados. O rico Estado do Golfo também é o maior destino de exportação e parceiro de investimentos da UE no Oriente Médio e no norte da África, acrescentou a WAM nesta quinta-feira.
Os Emirados Árabes Unidos, um Estado influente e rico em petróleo do Oriente Médio, há muito têm defendido um envolvimento mais profundo da UE na região do Golfo. É a segunda maior economia do mundo árabe depois da Arábia Saudita, um importante parceiro comercial do Oriente Médio para muitas outras nações, e seus fundos soberanos estão entre os mais ativos do mundo.
A Reuters informou com exclusividade em março de 2024 que Abu Dhabi estava discretamente pedindo à UE que iniciasse conversas sobre um pacto comercial separado do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), um bloco árabe que inclui os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
(Reportagem de Benoit Van Overstraeten; reportagens adicionais de Enas Alashray e Yomna Ehab)
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