Guerra comercial entre EUA e China gera dúvidas sobre demanda e impacta mercado do açúcar
Guerra comercial entre EUA e China gera dúvidas sobre demanda e impacta mercado do açúcar
![]()
Os futuros do açúcar registraram baixas que chegaram a 1,96% entre os principais contratos da Bolsa de Nova Iorque nesta terça-feira (15), e a 2,71% em Londres. Com isso, os preços dão sequência às quedas recentes, sobretudo a partir do anúncio das tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em NY, o contrato maio/25 fechou com valor de 17,52 cents/lbp, após baixa de 0,35 cents (1,96%). O julho/25 reduziu 0,28 cents (1,58%) e fechou em 17,41 cents/lbp. O outubro/25 caiu 0,27 cents (1,51%) e foi a 17,59 cents/lbp. O maio/25 encerrou a sessão com valor de 17,99 cents/lbp, queda de 0,26 cents (1,42%).
Entre os principais contratos de Londres, o maio/25 fechou com preço de US$ 513,10/tonelada, queda de 1.430 pontos (2,71%). O agosto/25 teve redução de 790 pontos (1,59%) e ficou cotado em US$ 490,10/tonelada. O outubro/25 perdeu 730 pontos (1,48%) e passou a valer US$ 484,80/tonelada. O dezembro/25 ficou negociado em US$ 484,40/tonelada, perda de 670 pontos (1,36%).
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Lívea Coda, analista de açúcar e etanol da Hedgepoint Global Markets, afirmou que há uma combinação do cenário macroeconômico conturbado com uma disponibilidade positiva no Brasil.
Ela ressaltou que a safra 2024/25 no Brasil ficou acima do que era esperado após os episódios de incêndio no segundo semestre de 2024, e a safra 2025/26 já teve um início mais rápido do que era esperado pelos analistas. “Combinando essa disponibilidade brasileira com uma macroeconomia um pouco mais conturbada, temos esse enfraquecimento do açúcar”, explicou.
Além disso, a analista pontou que a China, o maior importador do mundo, não tem comprado. Segundo Coda, isso pode ser tanto por uma preocupação com a economia global quanto também pelos bons resultados da produção chinesa.
“No momento nós não temos visto a China dando o suporte esperado para o mercado, e a grande disponibilidade do Brasil tem afetado os preços também”, afirmou a analista.
Nesta terça-feira, o Barchart destaca que os preços estão caindo devido à perspectiva de chuvas abundantes de monções na Índia. Segundo o portal, nesta terça-feira o India's Ministry of Earth Sciences projetou uma monção acima do normal este ano, com previsão de precipitação total de 105% da média de longo prazo. A temporada de monções na Índia vai de junho a setembro.
0 comentário
Moagem de cana diminui no Norte e Nordeste mas produção de etanol anidro segue em alta
Mercado do açúcar recua em sessão de ajustes, mas mantém radar nos fundamentos
Preços do açúcar fecham em alta após consultoria projetar queda de produção no Brasil
Após um ano de impasse, Consecana/SP se mantém no centro das atenções do setor canavieiro
Mercado do açúcar avança com cobertura de posições e volta ao patamar de 15 cents em NY
Produção de açúcar do centro-sul deve cair 5% em 2026/27, prevê Safras & Mercado