China deve vir agressiva às compras de soja nos próximos meses para garantir cobertura e mira oferta do Brasil
China deve vir agressiva às compras de soja nos próximos meses para garantir cobertura e mira oferta do Brasil
![]()
Os preços da soja terminaram o dia com estabilidade na Bolsa de Chicago, mais uma vez nesta terça-feira. Os futuros da oleaginosa perderam entre 2 e 5,75 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 10,36 e o setembro, US$ 10,25 por bushel. O mercado operou durante o dia todo de lado e, como explicou o analista de mercado e diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, há muitas notícias para o mercado digerir neste momento, o que o deixa na defensiva neste momento, principalmente depois das altas fortes registradas na semana anterior.
No horizonte dos traders estão o início do plantio americano - em 2% até o último domingo, segundo informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o clima no Meio-Oeste americano, o final do dólar blend na Argentina - que pode motivar novas vendas de soja em grão e farelo -, além da guerra comercial ainda se desdobrando entre as duas maiores economias do mundo.
Assim, na CBOT, o mercado opta por manter-se na defensiva, esperando por cenários mais claros daqui em diante. Um acordo entre os dois países podendo sair também está na conta, mas ainda distante. "É uma briga de egos o que estamos vendo agora", diz Fernandes.
De outro lado, o mercado observa ainda a China precisando de mais soja, também como explica o diretor da Royal, e o foco de sua demanda permanece sobre o produto do Brasil.
"Temos que olhar para o consumo da China. Vimos em março a China importar os menores níveis. Em menos de 17 anos, a China nunca teve um período em que tenha embarcado tanta pouca soja em março, isso quer dizer que de onde ela recebe em março, ninguém estava entregando (...) E as indústrias privadas estavam desabastecidas, com os estoques concentrados na mão do governo. Isso diz pra gente que a China vai ter que vir com mais agressão para abastecer seu mercado entre abril e junho. O que esperamos é que esse pequeno volume que vimos em março seja o contrário a partir de junho", explica.
Acompanhe a análise de Ronaldo Fernandes na íntegra com o vídeo acima.
0 comentário
Soja fecha em baixa na Bolsa de Chicago, enquanto dólar volta a subir frente ao real
Soja tem 6ª feira de movimentos tímidos em Chicago, mas passa a operar em queda
Soja retoma negócios em alta nesta 6ª em Chicago, após rally da véspera de Natal
Safra de soja do Rio Grande do Sul se desenvolve bem, aponta Emater
Retro 2025 - Soja/Cepea: Oferta global recorde derruba preços internos e externos em 2025
Argentina: Processamento de soja caiu em novembro e o mercado começa a sentir a escassez do produto