Soja fecha no vermelho em Chicago, após USDA morno e demanda lenta nos EUA; BR lidera vendas
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O novo reporte mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chegou nesta quinta-feira (12) sem trazer grandes mudanças no cenário da soja, ainda assim, os futuros da oleaginosa terminaram o dia em campo negativo na Bolsa de Chicago.
Segundo explicaram os analistas de mercado da Agrinvest Commodities, o mercado refletiu uma combinação de fatores, entre eles o clima devendo melhorar ao final deste mês no Corn Belt, "o que é bom neste momento", explicam os especialistas, o cancelamento de exportações de soja da safra velha e a falta de novidades do segundo encontro China e EUA.
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Na semana encerrada em 5 de junho, também de acordo com os números do USDA, as vendas de soja 2024/25 dos EUA foram de apenas 61,4 mil toneladas, enquanto o mercado apostava em um intervalo de 100 mil a 500 mil toneladas. Este foi o menor volume da temporada comercial e apresentou uma baixa de 68% em relação à semana anterior. Na comparação com a média das últimas quatro semanas, a redução é de 74%. A Indonésia aparece como o principal destino e a China não figura entre os maiores compradores do grão norte-americano, reflexo da Guerra Comercial.
"A China segue realizando suas compras na América do Sul, especialmente no Brasil, dada a saturação nas relações comerciais com os EUA, mas também pela baixa atratividade dos preços da soja americana para o segundo semeste", explicam os analistas da Agrinvest.
As vendas da safra 2025/26, por sua vez, vieram dentro do esperado e somaram 58,1 mil toneladas, com Taiwan respondendo pelo maior volume. O mercado esperava algo entre 0 e 200 mil toneladas.
ALém destes fatores, a Agrinvest também elenca as expectativas em torno do anúncio da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) sobre os programas de biocombustíveis também trouxe alguma pressão às cotações nesta quinta. Com as expectativas mais pessimistas, os futuros do derivado recuaram quase 1% hoje.
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