Tarifa dos EUA pode levar Brasil a ampliar exportações de petróleo para Ásia, diz StoneX
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Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil poderá registrar uma mudança no perfil de compradores de petróleo com uma possível maior participação de países asiáticos em detrimento dos Estados Unidos, caso a commodity brasileira não seja isenta das tarifas anunciadas nesta quarta-feira pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na avaliação da consultoria StoneX.
Em um pior cenário, a consultoria afirmou que "impactos de curto prazo... podem envolver um recuo nas exportações de petróleo enquanto essas alterações se concretizam".
Atualmente, os Estados Unidos representam 11,3% das exportações de óleo bruto do Brasil, com uma média de 38 milhões de barris no primeiro semestre de 2025, de acordo com dados do governo brasileiro citados pela consultoria.
O volume, entretanto, é menor do que a média registrada no primeiro semestre do ano passado, de 49 milhões de barris, à medida que o Brasil ampliou suas exportações para o mercado asiático, especialmente para a China, principal compradora de petróleo brasileiro (46%), ponderou a StoneX.
Por outro lado, a consultoria destacou que o Brasil representou menos de 3% das importações norte-americanas em 2025, com o país reduzindo sua participação em relação ao ano anterior, citando dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE).
Em geral, segundo a StoneX, os Estados Unidos dependem mais de países como Canadá (65%), México (7%) e Arábia Saudita (4%), além de registrarem importações de petróleo de outros países da América Latina, como Venezuela e Guiana.
"Dessa maneira, caso o petróleo brasileiro não esteja isento dessas novas tarifas, é provável que os importadores americanos procurem novos fornecedores", completou.
(Por Marta Nogueira)
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