Aumenta probabilidade de La Niña entre o final de 2025 e início de 2026

Publicado em 10/07/2025 16:04 e atualizado em 11/07/2025 17:31
Mesmo com predominância da neutralidade nos próximos meses, NOAA indica cenário mais favorável ao resfriamento do Pacífico a partir de novembro

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A probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña aumentou entre o final de 2025 e o início de 2026, segundo a mais recente análise da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), divulgada nesta quarta-feira (10). Até outubro, o cenário mais provável ainda é de neutralidade do El Niño-Oscilação Sul (ENSO), com 56% de chance.

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Probalidade de La Niña, El Niño ou neutralidade a cada trimestre. Fonte: NOAA

A partir de novembro, os modelos climáticos começam a apontar crescimento nas chances de La Niña, tendência que segue nos meses seguintes. Mesmo assim, as probabilidades seguem bastante próximas às de neutralidade, o que mantém o cenário indefinido.

Em junho, as condições do Pacífico tropical indicaram a continuidade do ENSO neutro. As temperaturas da superfície do mar ficaram próximas da média, com índices semanais variando entre 0,0 °C e +0,4 °C. No subsolo, as anomalias térmicas seguiram positivas, sugerindo estabilidade ao longo da termoclina — a faixa de transição entre águas quentes e frias no oceano, segundo o que explicou NOAA.

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Anomalia de temperatura na superfície do oceano na semana anterior. Fonte: NOAA

Do lado atmosférico, os ventos de baixa altitude sopraram de leste, enquanto os ventos em altitude apresentaram anomalias de oeste. A convecção permaneceu intensificada sobre a região da Indonésia, um padrão típico de neutralidade.

As projeções do consórcio internacional IRI mantêm a neutralidade como cenário mais provável até o verão de 2026. Já o conjunto multimodelo norte-americano (NMME) indica o início de uma possível La Niña a partir de novembro, mas sem garantir uma duração suficiente para caracterizar oficialmente o fenômeno, segundo os critérios da NOAA.

Além disso, os ventos alísios devem se intensificar nos próximos meses, o que pode contribuir para o resfriamento do Pacífico e favorecer a instalação de uma La Niña ainda no fim deste ano, conforme publicou a NOAA.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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