Ibovespa avança e flerta com 144 mil pela 1ª vez
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, superando 144 mil pontos na máxima e sustentado principalmente pelas ações de bancos, enquanto dados nos Estados Unidos endossaram apostas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
Por volta de 12h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,09%, a 143.898,06 pontos, chegando a 144.012,5 pontos na máxima da sessão, novo topo intradia. O volume financeiro somava R$5,7 bilhões.
Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, após aumento de 0,2% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3%. Em 12 meses, a taxa ficou em 2,9%, dentro das expectativas.
"Apesar do número ter vindo mais pressionado, seguimos encontrando pouco impacto das tarifas na inflação", afirmaram analistas do Bradesco em relatório a clientes.
A partir dos dados do CPI e de preços ao produtor divulgados na véspera, eles estimaram uma inflação do núcleo do PCE - medida favorita de inflação do banco central dos EUA - em 0,22% em agosto, que deve "ser bem-vinda para o Fed".
Em paralelo, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram 27.000, para 263.000, em base ajustada sazonalmente, na semana encerrada em 6 de setembro, enquanto economistas previam 235.000 requisições para o período.
O sinal positivo prevalecia em Wall Street, com o S&P 500 em alta de 0,67%, renovando topo histórico, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuava a 4,01%.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL ON subia 1,72%, ampliando a recuperação com medidas recentes que trouxeram perspectivas de alívio para os números do banco. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,66%, BRADESCO PN tinha elevação de 1,24% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizava-se 1,74%.
- BTG PACTUAL UNIT era negociada em alta de 2,87%, tendo ainda no radar comunicado do banco de que não está diretamente envolvido em qualquer negociação envolvendo investimento na Cosan , que subia 1,6%.
- VALE ON avançava 0,95%, mesmo com a queda dos preços do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,81%.
- PETROBRAS PN recuava 0,25%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent negociado em baixa de 1,7%. No setor, BRAVA ON perdia 0,05%, mas PETRORECONCAVO ON e PRIO ON tinham elevação de 0,15% e 0,19%, respectivamente.
- MAGAZINE LUIZA ON disparava 6,59%, ampliando os ganhos em setembro, apoiada nesta sessão pelo alívio nas taxas dos DI, enquanto a pauta do dia mostrou que as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,3% em julho ante junho, dentro do esperado, e subiram 1% ano a ano, de previsão de alta de 0,8%.
- CYRELA ON tinha alta de 5,05%, também favorecida pelo comportamento na curva de juros. O índice do setor imobiliário avançava 2%.
- NEOENERGIA ON, que não está no Ibovespa, subia 2,98%, tendo no radar anúncio da companhia de energia espanhola Iberdrola de que fechou a compra da participação de 30,29% da Previ na companhia brasileira, por R$11,95 bilhões, ou R$32,50 por ação.
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