Ibovespa titubeia após máximas; BB e Petrobras sobem
![]()
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha oscilações modestas nesta quarta-feira, após renovar máximas na véspera, com o efeito de movimentos de realização de lucros sendo contrabalançados pelo avanço das ações da Petrobras, em dia de nova alta do preço do petróleo, e do Banco do Brasil, que promove encontro com investidores em Nova York.
Por volta de 11h20, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,08%, a 146.306,05 pontos. O volume financeiro somava R$3,72 bilhões.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,91%, para 146.424,94 pontos, tendo alcançado 147.178,47 pontos no melhor momento, novos topos históricos.
De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo a caminho dos 150.000 e 165.000 pontos. Do lado da baixa, citaram no relatório Diário do Grafista enviado a clientes nesta quarta-feira, o primeiro suporte deixado está em 144.000 pontos.
"Se voltar a cair, abrirá nova janela de realização de lucros e encontrará próximos suportes em 141.300 e 139.300 – patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo", ponderaram.
A equipe do Itaú BBA destacou que o recorde do Ibovespa no último pregão mostrou que nem todos os índices voltaram a superar ao menos a máxima da semana anterior, o que reforça um cenário de alta seletiva.
DESTAQUES
- IRB(RE) ON recuava 1,84%, mesmo após mostrar lucro líquido de R$39,2 milhões em julho, alta de 16,7% ano a ano, com queda na sinistralidade. Analistas do Citi citaram como principal preocupação no resultado foi o índice de despesas administrativas, que saltou para 14%, de 8,5% um ano antes.
- RAÍZEN PN caía 1,71%, na quinta queda seguida. A companhia não receberá recursos de capitalização proposta para a Cosan , que divide o controle da empresa com a Shell. Tampouco houve novidades envolvendo potenciais investidores na companhia após noticiário intenso recentemente.
- PETROBRAS PN subia 1,44%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent avançava 1,43%. Analistas do JPMorgan também reiteraram recomendação "overweight" para as ações, elevando o preço-alvo das PNs de R$43,50 para R$45.
- BANCO DO BRASIL ON ganhava 2,35% em pregão marcado por evento com analistas e investidores em Nova York. De acordo com a presidente-executiva do BB, ainda se observa uma inadimplência resiliente no crédito para o agronegócio no terceiro trimestre, mas com previsão de arrefecimento.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,59%, BRADESCO PN recuava 0,22% e SANTANDER BRASIL UNIT mostrava decréscimo de 0,48%.
- COSAN ON subia 3,15%, no segundo pregão de recuperação após tombo no começo da semana na esteira do anúncio de capitalização, com forte diluição da base acionária. A empresa convocou assembleia geral extraordinária para 23 de outubro para votar o acordo de investimento estratégico.
- VALE ON subia 0,45%, tendo com pano de fundo a estabilidade do contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, em meio a alerta de analistas de que a recente alta das cotações pode ter ultrapassado os fundamentos do mercado.
0 comentário
Wall Street cai conforme nervosismo sobre financiamento de IA pressiona ações de tecnologia
Ibovespa fecha em queda com nova correção tendo juros e eleição no radar
Dólar sobe pela quarta sessão e supera R$5,50 sob influência do cenário eleitoral
Índice STOXX 600 fecha estável com persistência de preocupações sobre valuations de tecnologia
STF forma maioria contra marco temporal para demarcação de terras indígenas
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$3,108 bi em dezembro até dia 12, diz BC