Safra 2025/26: custos em alta, preços em queda e clima incerto elevam os desafios do produtor

Publicado em 08/10/2025 15:15
Especialista da Ourofino Agrociência alerta que eficiência e disciplina de manejo serão decisivas para proteger margens e produtividade

A safra de soja 2025/26 se desenha como uma das mais desafiadoras dos últimos anos. Custos de produção em alta, retração nos preços internacionais da commodity e previsões climáticas incertas pressionam a rentabilidade e exigem maior eficiência técnica no campo.

Projeções apontam que o desembolso médio por hectare deve subir cerca de 4% em relação ao último ciclo, podendo ultrapassar R$ 5,6 mil em regiões como Rio Verde (GO) e Sorriso (MT). O aumento é impulsionado principalmente pela valorização dos fertilizantes - com alta próxima de 10% - em meio a gargalos globais relacionados às tensões comerciais entre China e Estados Unidos, impactos da guerra no Leste Europeu e redução de oferta em grandes polos asiáticos. Parte dos defensivos agrícolas também acompanha esse movimento.

Com margens mais estreitas, a produtividade mínima necessária para cobrir os custos cresce. Em áreas do Mato Grosso, já ultrapassa 56 sacas por hectare; em Goiás, gira em torno de 51 sacas.

Segundo João Eduardo Brandão Boneti, especialista em desenvolvimento de negócio da Ourofino Agrociência, o cenário exige rigor na gestão e no posicionamento técnico: “Em um ciclo de margens comprimidas, eficiência não é opção: é condição de sobrevivência. Cada investimento precisa ser planejado e convertido em produtividade. O uso estratégico de tecnologias faz a diferença entre uma lavoura no azul ou no vermelho.”

A recomendação é integrar monitoramento constante, antecipação de manejos e aplicação de produtos no momento ideal — fatores que determinam o resultado econômico da safra. No pré-plantio, por exemplo, o controle antecipado de plantas daninhas resistentes é decisivo para reduzir a competição inicial. Como referência de tecnologia para essa fase, o especialista cita o herbicida Terrad'or, posicionado para dessecação rápida antes da semeadura e apoio à implantação com menor pressão de daninhas.

Entre os desafios adicionais, previsões climáticas indicam irregularidade nas chuvas no Centro-Oeste e Sul, podendo comprometer a janela de implantação das lavouras. Para o especialista da Ourofino Agrociência, o cenário reforça a necessidade de planejamento fino por talhão e cadência de monitoramento ao longo do ciclo.

Checklist – boas práticas para a safra

Pré-plantio: análise de solo, correção de acidez, escolha de cultivares adaptadas e planejamento de rotação de culturas.

Plantio e emergência (0-15 dias): atenção à umidade do solo, tratamento de sementes e monitoramento de pragas iniciais.

Desenvolvimento vegetativo: manejo integrado de pragas e aplicação preventiva de fungicidas, como o Dotte.

Florescimento e enchimento de grãos: monitoramento intensivo de percevejos e ferrugem-asiática, além de suporte fisiológico da planta.

Pré e pós-colheita: dessecação planejada, calibração de máquinas e armazenamento adequado.

*** Observação técnica: o uso de defensivos deve seguir sempre a bula e a recomendação de um engenheiro agrônomo.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário