Açúcar despenca mais de 3% em Nova Iorque com alívio nas preocupações sobre oferta global

Publicado em 13/10/2025 16:47 e atualizado em 13/10/2025 17:55
Em Londres, preços tiveram baixas acima de 1%

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Os preços do açúcar caíram de forma expressiva nesta segunda-feira (13), com recuos que chegaram a mais de 3% na Bolsa de Nova Iorque. O movimento amplia as perdas acumuladas desde o início do mês, após um período de forte recuperação entre o final de setembro e o começo de outubro.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 caiu 49 pontos, cotado a 15,61 cents/lbp (-3,04%). O maio/26 recuou 46 pontos, a 15,16 cents/lbp (-2,94%), o julho/26 perdeu 43 pontos, negociado a 15,06 cents/lbp (-2,78%), enquanto o outubro/26 encerrou o dia a 15,28 cents/lbp, com queda de 40 pontos (-2,55%).

Na Bolsa de Londres, o movimento também foi negativo. O dezembro/25 recuou US$ 6,40, para US$ 444,00 por tonelada (-1,42%). O março/26 caiu US$ 7,10, a US$ 440,40 por tonelada (-1,59%), o maio/26 perdeu US$ 8,50, cotado a US$ 439,10 por tonelada (-1,90%), e o agosto/26 desvalorizou US$ 8,10, fechando a US$ 437,70 por tonelada (-1,82%).

De acordo com o portal Barchart, as cotações recuam de maneira acentuada à medida que diminuem as preocupações com o fornecimento global. As baixas refletem projeções mais otimistas para a produção do adoçante, o que tem pressionado os preços nas últimas sessões.

Segundo Arnaldo Luiz Correa, diretor da Archer Consulting, o setor começa a vivenciar a chamada “morte súbita” da safra, com diversas usinas próximas de encerrar a moagem até o fim de outubro — o que tende a reduzir o fluxo de oferta física e criar uma janela de sustentação momentânea para os preços.

Ainda assim, Correa avalia que o sentimento geral do mercado segue negativo, influenciado pelo cenário internacional mais instável. “O açúcar está sofrendo como todas as demais commodities, mas com um agravante: a divergência entre o que mostram os fundamentos e o que fazem os fundos. O mercado físico fala em aperto, o técnico em excesso. E entre os dois, o operador que entende de hedge respira fundo, ajusta a planilha e lembra que — em tempos como este — o melhor ativo continua sendo a prudência”, afirmou.

Para o analista, apesar de sinais pontuais de equilíbrio entre oferta e demanda no mercado físico, o sentimento financeiro prevalece. “O humor geral segue pesado, contaminado pelo ambiente externo e pelo sentimento de que o mundo entrou numa fase mais complicada, em que política, economia e emoção se misturam perigosamente”, completou Correa.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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