Ibovespa hesita com pressão de Vale, mas caminha para nova alta na semana
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa titubeava nesta sexta-feira, pressionado principalmente pelas ações da Vale, enquanto agentes financeiros repercutem uma nova bateria de resultados corporativos, mas ainda a caminho de mais um ganho semanal.
Por volta de 10h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,06%, a 157.063,68 pontos, mas, na semana, acumula alta de 1,95% - a quinta consecutiva. O volume financeiro no pregão somava R$3,4 bilhões.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa em Wall Street, em meio a dúvidas sobre novo corte de juros nos Estados Unidos em dezembro. As bolsas na Europa também registravam perdas.
DESTAQUES
- VALE ON recuava 1,05%, em meio a dados mais fracos do que o esperado sobre produção industrial na China. A mineradora também estimou provisão adicional de aproximadamente US$500 milhões para 2025 relacionada a obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
- PETROBRAS PN subia 0,8%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros seguem na expectativa da divulgação do novo plano de negócios da estatal, prevista para o final do mês.
- BANCO DO BRASIL ON caía 0,76%, ainda pressionado pelos ajustes na esteira do resultado trimestral e corte na previsão do lucro para o ano. ITAÚ PN. BRADESCO PN e SANTANDER BRASIL UNIT trabalhavam perto da estabilidade.
- YDUQS ON recuava 7,39%, após o balanço do grupo de educação no terceiro trimestre mostrar lucro líquido de R$98 milhões, queda de 35,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
- IRB(RE) ON perdia 5,64%, tendo no radar o resultado do terceiro trimestre do ressegurador, com queda de 15% no lucro líquido ano a ano, para R$99 milhões.
- MBRF ON valorizava-se 5,28%, engatando o sexto pregão consecutivo de alta e ampliando a recuperação em novembro, após desempenho negativo em setembro e outubro. Parte da reação tem suporte na retomada das compras de carne de frango do Brasil pela China, anunciada neste mês.
- RAÍZEN PN avançava 1,15%, também com ajustes após queda de mais de 6% na quinta-feira. A produtora de açúcar e etanol também divulgou na véspera que concluiu contratação de linha de crédito rotativo no montante de US$1 bilhão.
- CPFL ENERGIA ON subia 2,18%, após alta do lucro no terceiro trimestre, mesmo em meio a um cenário desafiador e de perdas no negócio de geração renovável, com o presidente-executivo afirmando que confia que uma solução de ressarcimento por cortes da produção de suas eólicas está próxima.
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