Açúcar mantém escalada nesta 6ª feira em NY e valoriza mais de 3% na semana

Publicado em 28/11/2025 16:46
Em Londres, após ganhos no dia anterior, preços fecharam com leve queda

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Os preços do açúcar voltaram a subir na Bolsa de Nova Iorque nesta sexta-feira (28), após feriado no dia anterior, ampliando a sequência de altas ao longo da semana. Com isso as cotações consolidaram uma valorização superior a 3% na comparação com a sexta-feira anterior. O mercado foi sustentado nesta semana principalmente por expectativas de menor oferta global, especialmente diante da perspectiva de redução da produção brasileira na próxima safra.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,07 cent (+0,46%) e encerrou o dia a 15,21 cents/lbp. O vencimento maio/26 ganhou 0,05 cent (+0,34%), fechando a 14,73 cents/lbp. O julho/26 teve acréscimo de 0,05 cent (+0,34%) e terminou cotado a 14,68 cents/lbp, enquanto o outubro/26 subiu 0,05 cent (+0,33%), para 14,98 cents/lbp.

Na comparação semanal, os preços registraram ganhos expressivos. O contrato março/26 acumulou alta de 0,50 cent (+3,40%) frente aos 14,71 cents/lbp do fechamento da sexta anterior. Já o julho/26 avançou 0,52 cent (+3,67%), saindo de 14,16 para 14,68 cents/lbp ao longo da semana.

Em Londres, após as fortes valorizações da sessão anterior, o mercado virou para o negativo nesta sexta-feira. O março/26 recuou US$ 1,00 (-0,23%), cotado a US$ 435,50 por tonelada. O maio/26 perdeu US$ 1,90 (-0,44%), negociado a US$ 430,80 por tonelada. O agosto/26 também recuou US$ 1,90 (-0,44%), fechando a US$ 425,70 por tonelada, enquanto o outubro/26 caiu US$ 1,70 (-0,40%), a US$ 423,80 por tonelada.

Um dos principais vetores de suporte veio da revisão feita pela StoneX, que reduziu sua projeção para a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2026/27 para 41,5 milhões de toneladas, ante a estimativa anterior de 42,1 milhões de toneladas divulgada em setembro.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista da Safras & Mercado, Mauricio Muruci, reforçou que a expectativa de uma produção menor no Brasil foi determinante para a recuperação recente das cotações. Segundo ele, há projeções de chuvas abaixo da média para o período da entressafra, o que pode comprometer o desenvolvimento dos canaviais. Outro ponto de atenção é a mudança no mix de produção, que deve voltar a favorecer o etanol, reduzindo o volume de cana destinado à fabricação de açúcar.

No cenário internacional, a notícia de que o Ministério da Alimentação da Índia avalia elevar o preço do etanol utilizado na mistura com gasolina também foi interpretada como positiva para os preços. A medida pode incentivar as usinas indianas a direcionar mais matéria-prima para o biocombustível, limitando a oferta de açúcar no mercado global.

Além disso, conforme apontou nesta sexta-feira o Barchart, a valorização do real brasileiro frente ao dólar — que atingiu a melhor cotação em uma semana — também contribuiu para sustentar os preços. A moeda mais forte reduz a atratividade das exportações brasileiras, diminuindo a oferta externa e dando suporte adicional às cotações internacionais do adoçante.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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