Mercado Financeiro: Bolsas voltam a acumular perdas na semana
Com o cenário de incerteza instalado na economia mundial, os mercados acionários do Brasil e dos Estados Unidos encerraram a semana acumulando perdas. A descrença dos investidores de uma saída para a crise europeia foi o principal fator para a manutenção da onda de pessimismo. Nos EUA, os dados da economia local até mostram sinais de recuperação, mas próprio Federal Reserve admite que apesar da economia estar em crescimento, o ritmo ainda é muito lento, o que atrapalha na geração de emprego. No Brasil, os investidores acompanham atentamente os acontecimentos externos, mas também mostram preocupação, uma vez que a economia nacional apresentou estagnação no terceiro trimestre e os dados para o final do ano parecem não animar o mercado. | |||
Cenário Externo | |||
Os primeiros dados da economia americana foram apresentados somente na terça-feira. Na ocasião, o Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo do país registraram alta de 0,2% em novembro, sendo que em outubro os ganhos foram de 0,6%. Os estoques de negócios apresentaram em outubro alta de 0,8%, de acordo com dados do Departamento de Comércio do país. O mercado esperava uma elevação um pouco menor, de 0,6%. De acordo com os dados, as vendas subiram 0,7%. Com isso, a relação estoque/venda se manteve em 1,27. Os estoques do varejo permaneceram inalterados. Na parte da tarde, em meio as preocupações com o cenário de fraco crescimento da economia global, o Federal Reserve decidiu manter as taxas de juros do país inalteradas entre 0% e 0,25% ao ano. O Fed também não fez alterações à sua atuação na compra de venda de títulos e reiterou a intenção de manter os juros baixos até meados de 2013. O preço dos produtos importados pelos EUA registrou alta de 0,7% em novembro, a primeira alta em quatro meses, informou o Departamento de Trabalho do país. Apesar da variação positiva, o resultado veio abaixo do esperado, de +1,2%. Em outubro, o dado foi revisado para queda de 0,5%, contra estimativa anterior de -0,6%. Na quinta-feira, destaque para os novos pedidos de auxílio-desemprego, que recuaram em 19 mil na semana passada, para total de 366 mil, informou o Departamento de Trabalho do país. O resultado anterior foi revisado para 385 mil, de uma leitura inicial de 381. O resultado representa o menor nível de solicitações desde maio de 2008, e veio muito abaixo do esperado, de 390 mil. Já o Índice de Preços ao Produtor norte-americano registrou alta de 0,3% em novembro, informou o Departamento de Trabalho do país. O resultado veio acima do esperado, de 0,2%. Em outubro, houve queda de 0,3% do indicador. Já o Núcleo do PPI, que exclui do cálculo os preços de energia e alimentos, subiu apenas 0,1%, abaixo dos 0,2% de alta esperados. O índice que mede a atividade manufatureira na região de Nova York apresentou em dezembro alta para 9,5, ante resultado anterior de 0,6 pontos. O mercado estimava alta para 3,0 pontos. A pesquisa, chamada de Empire State Manufacturing, é realizada pelo Federal Reserve do distrito. O índice dos novos pedidos avançou de -2,1 pontos para 5,1 pontos, enquanto o de emprego subiu para 2,3 pontos, após registrar -3,7 pontos em novembro. Os investidores estrangeiros realizaram em outubro compra líquida de US$ 2,6 bilhões em títulos imobiliários de longo prazo dos Estados Unidos. O valor é o menor desde junho. Os dados foram divulgados a pouco pela Secretária do Tesouro. Em setembro, o resultado havia sido de US$ 65,6 bilhões. No geral, os estrangeiros compraram US$ 4,8 bilhões líquidos em ativos de longo prazo em outubro, ficando abaixo dos US$ 68,3 bilhões de setembro. No que diz respeito aos títulos do Tesouro, as compras foram de US$ 7,5 bilhões, contra US$ 84,4 bilhões no mês anterior. De acordo com os dados, as vendas de títulos do Tesouro diretamente à China foram de US$ 14,2 bilhões em outubro. A China muitas vezes adquire títulos do Tesouro por meio de empresas em outros países. O Reino Unido vendeu um total de US$ 13,2 bilhões em títulos do Tesouro em outubro. O Japão comprou US$ 22,2 bilhões. Ainda na quinta-feira, o Fed de Filadélfia informou que o índice da manufatura subiu para 10,3 pontos em dezembro, após registrar 3,6 pontos em novembro. O resultado acima do que o esperado pelo mercado, de 5 pontos. Os preços ao consumidor americano se mantiveram estáveis em novembro na comparação com outubro. O resultado foi conseqüência da queda dos preços de energia. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Trabalho. O núcleo do indicador, que exclui os gastos com energia a alimentação, apresentou alta de 0,2%. O mercado apostava em alta de 0,1% tanto para o indicador cheio quanto para o núcleo. Com isso, o Dow Jones acumulou no queda de 2,7% em cinco dias aos 11.860,9 pontos, enquanto o S&P 500 perde 2,9% aos 1.219,26 pontos. DÓLAR:
|
0 comentário
Panorama dos incêndios: contextualização dos focos de fogo no país | Ouça o Agro CNA/Senar #139
Prosa Agro Itaú BBA | Agro Semanal | USDA morno para grãos e café fervendo
No G20 Agro, Fávaro anuncia acesso a financiamentos para produtores afetados por queimadas com apoio do RenovAgro
Aumento das queimadas leva ruralistas e governo a defenderem maior punição à prática ilegal
Governo eleva projeção de alta do PIB em 2024 para 3,2% e vê inflação mais alta
Top Farmers :Transição energética, crise climática e segurança alimentar criam oportunidades num cenário de incertezas