FAO estima aumento dos estoques globais de grãos e registra preços dos alimentos estabilizados em janeiro
Publicado em 07/02/2013 14:14
A FAO - braço da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - aumentou, nesta quinta-feira (7), sua estimativa para a produção mundial de grãos para 2.302 bilhões de toneladas. O incremento de 9%, segundo a instituição, se dá em função das perspectivas de uma safra maior de milho na China e também na América do Norte e na região da antiga União Soviética.
Para as safras 2013, as expectativas da FAO também são positivas, apesar da irregularidade climática na América do Sul e no sul da África, segundo a instituição. Na Rússia e na Ucrânia, o que permite boas projeções para as novas safras são os bons índices de umidade do solo. O mesmo acontece com a China e a Índia.
Por outro lado, as expectativas para a próxima temporada dos Estados Unidos já são menos positivas. A estiagem ainda atinge grande parte de importantes regiões produtoras do país, principalmente as Grandes Planícies. E a previsão de diversos institutos de meteorologia norte-americanos já indicam a continuidade da seca para a temporada de plantio da nova safra nos Estados Unidos.
Estoques - Sobre os estoques globais de grãos forrageiros, a expectativa da FAO é de que totalizem 165 milhões de toneladas, 2,4% a mais do que a previsão de dezembro. Esse volume menor, segundo a organização, em partes se dá por conta do aquecido consumo por parte da China.
Apesar dessa projeção de incremento, os estoques de milho, de acordo com a FAO, deverão cair cerca de 3 milhões de toneladas, para 159 milhões. O recuo é resultado de reservas menores na Índia, Síria, Ucrânia e Rússia. Porém, para este ano, a estimativa para os estoques é mais otimista.
Consumo - A FAO estimou ainda o consumo mundial de cereais em 2.327 bilhões de toneladas na temporada 2012/13. Em comparação ao estimado em dezembro, o aumento é de 0,6%.
Preços globais dos alimentos estabilizados em janeiro
Segundo a entidade, em janeiro os preços mundiais dos alimentos se estabilizaram após três meses consecutivos em baixa. A recuperação das cotações ficou a cargo, principalmente, do melhor desempenho de óleos e gorduras, que foi compensada pelo recuo do açúcar e dos cereais.
O índice de preços da FAO ficou em 210 pontos, 12% menor do que o pico registrado em fevereiro de 2011 e ainda 1,4% menor do que no mesmo período de 2012, quando registrava 213 pontos. Em janeiro, o índice das cotações dos cereais caiu 1,1% e o do açúcar, 2,2%. Contrariamente, o índice de preços de óleos e gorduras registrou alta de 4,4%.
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas