Governo cria regras para controle da lagarta helicoverpa
Publicado em 22/04/2013 11:24
e atualizado em 22/04/2013 17:10
Nesta segunda-feira (22), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela Secretaria de Defesa do Ministério da Agricultura, a Instrução Normativa (IN) que determina regras para a prevenção, contenção, controle e erradicação da lagarta helicoverpa armigera, devido à emergência fitossanitária anunciada pelo Governo Federal para conter a praga. Somente nesta safra, a praga ocasionou prejuízos aos produtores rurais de várias regiões produtoras do país, especialmente, no Oeste de Bahia onde as perdas nas lavouras de algodão são estimadas em mais de R$ 1 bilhão. A medida emergencial já foi adotada nesta temporada.
A normativa propõe que os órgãos estaduais e distritais de Defesa Agropecuária tomem medidas como o uso de cultivares que limitem ou eliminem as populações da lagarta para evitar o avanço da praga na próxima safra. Além disso, também deverão ser respeitadas as épocas da semeadura, restrição de cultivos subsequentes e o vazio sanitário para deixar o solo sem cultivo com períodos livres de hospedeiros.
Por outro lado, a medida ainda recomenda o uso de controle biológico e de armadilhas, iscas ou outros métodos de controle físico. Do mesmo modo, a adoção de manejo integrado de pragas emergencial, a liberação “inundativa” - com inimigos naturais fabricados em laboratórios – de agentes de controle biológico são aconselhadas, assim como, a adoção de práticas culturais, como rotação de culturas, escalonamento de plantio, adoção de áreas de refúgio, destruição de restos culturais e plantas voluntárias e outras.
Os órgãos e distritais de Defesa Agropecuária deverão realizar um levantamento fitossanitário com o objetivo de detectar e delimitar a área de ocorrência da praga e no caso de infestação declarar zona interditada, na qual, serão aplicadas as medidas previstas na normativa, conforme determinação do Ministério da Agricultura. Os serviços regionais de Defesa Agropecuária também estabelecerão quais as partes vegetais das plantas terão trânsito livre fora da área delimitada.
Ainda de acordo com a medida, o Governo Federal autoriza a importação e determina regras para a utilização e descarte das embalagens dos produtos agrotóxicos registrados em outros países que tenham como substância benzoato de emamectina. A aplicação dos produtos deverá ter a autorização prévia dos serviços de Defesa Agropecuária, que poderão realizar visitas nas lavouras para a confirmação da presença da praga.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas
4 comentários

Sexta-feira encerra com queda da arroba nas principais praças pecuárias do país; Café tem dia de realização de lucros em NY e devolve parte dos ganhos da semana

Ibovespa avança forte e fecha na máxima do ano, acima de 128 mil pontos

Soja plantada no tarde deve ser a mais prejudicada pelo clima em Cascavel (PR)

Juros altos devem ‘frear’ financiamentos para investimentos no agro, diz liderança de Cascavel

Inteligência artificial para controlar estoques de ração e logística

Colheita de soja em Mato Grosso atinge metade da área, aponta Imea
Renato Scariote Sapezal - MT
José Roberto, eu discordo de você. A Prática do Vazio Sanitário é importantíssima para a cultura da Soja, principalmente em estados como o Mato Grosso, Maior produtor de Soja do Pais.
antonio carlos pereira Jaboticabal - SP
Olá IVAN, se não tiver a lagarta, não terá o fungo, a lagarta fura a maçã e leva o fungo ou abre a porta de entrada para o fungo,ai começa o danos.
Ivan Carlos Bahls Filho Faxinal - PR
...controle e erradicação da lagarta helicoverpa armigera, devido à emergência fitossanitária anunciada pelo Governo Federal para conter a DOENÇA.
DOENÇAS SAO CAUSADAS POR FUNGOS E BACTERIAS, NAO POR LAGARTAS, ERRO GRITANTEJosé Roberto de Menezes Londrina - PR
Vazio sanitário, um atestado de incompetência.
Nas regiões temperadas existe o frio para proibir o plantio. No Brasil da fotossíntese, com 365 dias de condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das plantas, temos a ignorância para limitar a produção de alimentos. Como explicar ao mundo que o país com o maior número de Cursos de Agronomia e Agrônomos, não tem competência para utilizar os 365 dias de clima favorável. Os prejuízos e o atraso tecnológico causado pelo vazio sanitário da soja deveriam servir de exemplo, todavia, virou medida de controle da ferrugem. Um desestímulo a pesquisa e a agricultura irrigada no país, que possui mais água para irrigação complementar, que terras para a produção de alimentos. As espécies de Helicoverpa são iguais a cabrito, têm medo d’água. Portanto, as anormalidades climáticas da safra 2012/13, com períodos alternados de 30 dias de chuvas e veranicos, não deveriam servir de base para o estabelecimento das medidas de controle com restrições de cultivo. O remédio pode ser pior que a praga. Algemas não prede lagarta.