No Terra: EUA aprovam nova Farm Bill, com redução de subsídios aos agricultores
O Congresso dos Estados Unidos aprovou nessa terça-feira uma nova lei agropecuária, a Farm Bill, que autoriza a injeção de US$ 956 bilhões em cinco anos em subsídios aos produtores norte-americanos e a que reduz a assistência em cupons alimentares aos mais pobres em US$ 8 bilhões.
Após ser aprovado na Câmara dos Representantes na semana passada, o Senado aprovou a medida por 68 votos a favor e 32 contra, e agora só depende da assinatura do presidente Barack Obama para que entrar em vigor.
A ação legislativa põe fim a uma disputa que impediu a aprovação da lei qüinqüenal tradicionalmente apoiada pelos republicanos aos subsídios aos agricultores, e pelos democratas aos cupons de nutrição subvencionados para os mais carentes.
O reviravolta política mais importante nesta lei é a decisão de pôr fim ao sistema, estabelecido há 18 anos, de fazer pagamentos diretos e em dinheiro aos agricultores, que custava mais de US$ 4,5 bilhões anuais.
Esses pagamentos eram fixos, independente do lucro do produtor, inclusive se tinham plantado a colheita ou não. Em seu lugar, o projeto de lei cria um novo programa de seguros de colheitas avaliado em US$ 7 bilhões.
O texto legislativo economizará cerca de US$ 16 bilhões do orçamento na próxima década, de acordo com as estimativas do governo. O presidente Barack Obama, mediante um comunicado emitido após a votação, aplaudiu o acordo bipartidário no Senado.
"Este projeto de lei dá segurança aos agricultores e criadores de gado dos Estados Unidos, e contém uma variedade de reformas de bom senso que minha Administração solicitou em repetidas ocasiões, entre elas a reforma e a eliminação dos subsídios agrícolas diretos e o prestação de assistência aos agricultores quando mais precisarem", apontou Obama.
O presidente, que segundo alguns veículos sancionará a lei na próxima sexta-feira, também ressaltou que ela permite continuar com a redução do déficit "sem retalhar os programas de assistência vitais" para milhões de americanos trabalhadores que "contam com eles para pôr comida na mesa para suas famílias".
"E vai apoiar a conservação de terras valiosas e estimular o desenvolvimento das energias renováveis, assim como incentivar a nutrição saudável para todos os americanos", acrescentou o presidente em sua nota.
Obama lembrou, no entanto que a lei, por ter sido negociada para encontrar um ponto de encontro bipartidário, "não é perfeita, mas no geral marcará uma diferença positiva não só para as economias rurais que cultivam alimentos dos Estados Unidos, mas para toda a nação".
A maior parte dos recursos da lei corresponde ao Programa de Assistência em Suplemento de Nutrição. A proposta original na Câmara dos Representantes, onde os republicanos são maioria, previa reduções de US$ 39 bilhões desta ajuda, mas a versão aprovada pelo Senado conseguiu segurar o corte em US$ 8 bilhões.
Em meio à tensão econômica, Argentina anuncia aumento a aposentados
A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta terça-feira um aumento da pensão dos aposentados, em meio às tensões na economia pela recente desvalorização do peso e a escalada dos preços ao consumidor.
Em um ato na sede do Executivo transmitido em cadeia nacional, Cristina disse que a partir de março as aposentadorias subirão 11,31%, com o que o aumento no último ano alcançará 27,35%. Com esta alta, a pensão mínima dos aposentados será de 2.757 pesos (cerca de R$ 830).
A medida, que beneficia 7,3 milhões de aposentados, não é "populista" nem "provoca inflação", assegurou a governante em seu primeiro ato público após a forte desvalorização do peso argentino nas últimas duas semanas.
Após a desvalorização da moeda local, que acumulou 23% em janeiro, a preocupação agora se centra na inflação, uma vez que se registraram fortes aumentos de preços, em particular em bens de consumo em massa.
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