Presidente da CNA defende rapidez no acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia

Publicado em 03/04/2014 14:42
Em debate no Fórum Econômico Mundial, Kátia Abreu adverte que país não pode repetir grave erro do passado, quando rejeitou a ALCA

Convidada a participar de um painel de debates sobre perspectivas da economia dos países da América Latina, na versão regional do Fórum Econômico Mundial, na Cidade do Panamá, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, fez um alerta: “O Brasil não pode repetir o “grave erro do passado, quando não aceitou a proposta do ex-presidente americano Bill Clinton de aderir à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)”.
 
Agora, disse ela, “os países integrantes do Mercosul não podem perder a oportunidade de garantir o acordo de livre comércio com a União Europeia (UE)”. Ao longo do debate realizado na noite desta quarta-feira (2/04), ela falou das dificuldades políticas enfrentadas ao longo dos últimos anos para a formalização do acordo de livre comércio entre Mercosul e UE, citando a resistência da Argentina e o protecionismo de parte da indústria nacional.
 
A senadora destacou, no entanto, que muitos dos obstáculos e divergências internas já foram superados. Prova disso é que a CNA e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) uniram-se pela primeira vez para, junto com o governo brasileiro, promover esforço no sentido de viabilizar o acordo com o bloco europeu. Em sua avaliação, o Brasil precisa ter a coragem e a firmeza da China, que, ainda no Século XX, iniciou a abertura de sua economia, a partir da criação das Zonas Especiais de Exportação (ZPEs). “O modelo deu certo e hoje os chineses superaram a UE no comércio com Brasil”, assinalou.
 
A presidente da CNA também falou sobre a nova lei agrícola dos Estados Unidos, e manifestou sua preocupação. “A Farm Bill tem um viés bastante protecionista, que não leva em conta a produtividade”, argumentou. A seu ver, o bom desempenho do Brasil no comércio externo de produtos agropecuários, nos últimos anos, está ameaçado pela nova lei agrícola americana.    
 
Reformas estruturais – No entender da senadora, o Brasil terá de fazer novas reformas estruturais para melhorar ainda mais o desempenho da economia em áreas como previdência social, administração pública e de tributos, “sempre garantindo os direitos adquiridos dos setores a serem atingidos”.
 
Kátia Abreu também destacou que o Brasil está promovendo uma verdadeira revolução na logística, com abertura dos portos, rodovias e ferrovias ao capital privado. Mesmo assim, concluiu, as reformas serão inevitáveis para garantir um desenvolvimento sustentado.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
CNA

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário