Na VEJA: Tracking mostra 46%-42% pró-Marina; Bovespa sobe forte

Publicado em 16/09/2014 15:33
+ ESTADÃO: "New York Times diz que crescimento de Marina reflete insatisfação com corrupção e economia fraca".

A Bovespa subiu forte nesta manhã de terça-feira com boatos de que pesquisas de monitoramento diárias feitas (os chamados trackings) mostram que Marina Silva se estabilizou.

De acordo com a versão corrente no mercado, no segundo turno o tracking mostra 46% para Marina Silva e 42% para a Presidente Dilma Rousseff.

A alta da Bovespa começou ontem e se acentuou esta manhã. Agora a tarde a alta mantem-se acima de 3%.

As ações da Petrobras, o melhor termômetro do humor eleitoral, subiram 7% para 22 reais. Itaú Unibanco foi a 4,4% (a R$ 39,66).

Uma diferença de quatro pontos pró-Marina não traz mudança nenhuma em relação ao que o Datafolha mostrou na semana passada. Ainda assim, o mercado está optando por ver o copo meio cheio.

“A campanha ganhou um nível de agressividade tão grande que só a diferença entre as duas ter parado de cair já é uma boa notícia”, diz um operador numa gestora em São Paulo. “As pessoas achavam que a Marina poderia continuar caindo.”

Por Geraldo Samor

 

Aproximação com o mercado

Próximo do objetivo

Convencendo o mercado

Se o jantar de ontem de Marina Silva com parte do mercado financeiro, na casa de Florian Batunek, da empresa de investimentos Constellation, em São Paulo, fosse um teste, a candidata teria passado com louvor.

Marina convenceu, ao responder perguntas duras sobre os rumos da economia, e garantiu que vai propiciar a retomada do ambiente de negócios no Brasil. Também ironizou a satanização que o PT tem feito de seu nome e suas propostas.

Compareceram José Berenguer, do JP Morgan; Luiz Stuhlberger, do Credit Suisse; José Roberto Moraes, do Grupo Votorantim; Geyze e Ana Maria Diniz, respectivamente mulher e irmã de Abilio Diniz; Tito Alencastro e Anis Chacur do Banco ABC; Andrea Pinheiro, do BR Partners; Jair Ribeiro, do Indusval; entre outros.

Os convidados contribuíram com um mínimo de 100 000 reais para participar da noite. A despeito do alto preço do convite, Alvaro de Souza ainda fez um discurso final pedindo mais doações financeiras para “a luta de David contra Golias”.

Por Lauro Jardim

Me dá um dinheiro aí

Comperj: em obras

Comperj: em obras

Na próxima reunião do Fundo de Investimentos do FGTS, na quarta-feira que vem, estão de volta à pauta dois temas que costumam causar barulho por ali.

1) Um pedido da Estre Ambiental para a compra de 10% da empresa. Esta é uma questão que já estremeceu as relações entre Odebrecht e BTG Pactual (leia mais aqui aqui).

2) Um pedido da Petrobras de aporte de 2,5 bilhões de reais para a conclusão das obras doComperj. Neste caso, o que vai se discutir é se as análises dos técnicos para o empréstimo devem prosseguir. (leia mais aqui e aqui)

Em relação à Estre, Odebrecht e BTG fumaram o cachimbo da paz. Mas há pelo menos três integrantes do conselho do fundo com dúvidas em relação ao negócio.

Sobre o Comperj, paira o fantasma de um pedido de vista que seria feito por Fábio Cleto, vice-presidente da Caixa e conselheiro de relações intensas com o notório Eduardo Cunha.

Em resumo, tende a ser animada a reunião de quarta-feira que vem. O FI-FGTS é uma espécie de novo pote de ouro de dinheiro público, ambicionado por políticos e empresários.

Por Lauro Jardim

Trio ex-Lula

cristovam

Cristovam: apoio a Marina

Será divulgado hoje um grande manifesto de apoio a Marina Silva, assinado por políticos e intelectuais. Três ex-ministros de Lula aparecem na lista  em favor da ex-colega de ministério – Gilberto Gil, José Viegas e Cristovam Buarque. O manifesto, aliás, foi escrito por um dos três.

Por Lauro Jardim

NO ESTADÃO: 

Crescimento de Marina reflete insatisfação com corrupção e economia fraca, diz NYT

Jornal americano mais importante do mundo diz que eleição com duas mulheres de esquerda, uma negra, ambas do governo Lula e contrárias ao regime militar, mostra a consolidação da democracia brasileira desde os anos 80

Marina no palanque em Ceilândia: voto de protesto (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

Marina no palanque em Ceilândia: voto de protesto (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

WASHINGTON – O crescimento da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas eleitorais é símbolo de um sentimento antigoverno que tem agitado os brasileiros, incluindo o cansaço das pessoas com a corrupção na política e o desempenho fraco da economia, destaca o jornal norte-americano The New York Times em uma extensa reportagem sobre as eleições brasileiras publicada na edição desta terça-feira.

Com uma foto da candidata Marina Silva ocupando quase toda a página do início da editoria de Internacional, a reportagem, assinada pelo correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, fala do aumento recente da popularidade de Marina e da disputa apertada com a presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de outubro.

Além da crescente insatisfação com a economia e a corrupção, o jornal destaca que Marina vem ganhando espaço na medida em que cresce o número de eleitores evangélicos no Brasil. Outra razão é a insatisfação dos brasileiros, que tiveram aumento de renda nos últimos anos, mas não da qualidade de vida e dos serviços públicos nas grandes cidades.

Times conta na reportagem a história de Marina, destacando sua infância pobre no Acre, sua alfabetização apenas depois dos 16 anos de idade e fala ainda da sua conversão à igreja evangélica em 1997. A reportagem destaca que Marina não tem dado tanta ênfase, até agora na campanha, para sua origem humilde e sua etnia. “Ao contrário, a candidata optou por uma mensagem difusa de uma ‘nova política’ necessária para barrar o PT e o PSDB, partidos que vêm dominando a política nacional por mais de 20 anos”, diz o texto.

O jornal dos EUA ressalta que tanto Marina como Dilma foram ministras de Luiz Inácio Lula da Silva, mas enquanto ocupavam as pastas divergiam de quase tudo, de usinas nucleares a uma hidrelétrica na Amazônia. Dilma acabou sendo presidente do Brasil e o PT teve que fazer uma aliança com o PMDB para conseguir governar, diz o texto. Já Marina se distanciou do PT a partir de 2009, quando saiu do partido, e tem procurado mostrar que defende uma política econômica mais amigável ao mercado.

Apesar de crescer nas pesquisas, os desafios para Marina persistem, destaca oTimes. O jornal cita, por exemplo, que a campanha de Dilma tem um caixa de US$ 55 milhões, cerca de cinco vezes a mais do que a da candidata do PSB. Além disso, ataques à Marina ganharam força nas últimas semanas, barrando o crescimento dela nas pesquisas mais recentes, ressalta o jornal.

A reportagem destaca ainda que Marina falou pouco na campanha de como lidaria com questões diplomáticas mais sensíveis do Brasil, como a aproximação do país com a Venezuela e Cuba durante o governo do PT. O fato, porém, de que a corrida presidencial se estreitou em duas mulheres de esquerda, uma negra, ambas do governo Lula e contrárias ao regime militar, mostra a consolidação da democracia brasileira desde os anos 80, ressalta o texto.

O crescimento da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas eleitorais é símbolo de um sentimento antigoverno que tem agitado os brasileiros, incluindo o cansaço das pessoas com a corrupção na política e o desempenho fraco da economia, destaca o jornal norte-americano The New York Times em uma extensa reportagem sobre as eleições brasileiras publicada na edição desta terça-feira.

Com uma foto da candidata Marina Silva ocupando quase toda a página do início da editoria de “Internacional”, a reportagem, assinada pelo correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, fala do aumento recente da popularidade de Marina e da disputa apertada com a presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de outubro.

Além da crescente insatisfação com a economia e a corrupção, o jornal destaca que Marina vem ganhando espaço na medida em que cresce o número de eleitores evangélicos no Brasil. Outra razão é a insatisfação dos brasileiros, que tiveram aumento de renda nos últimos anos, mas não da qualidade de vida e dos serviços públicos nas grandes cidades.

Times conta na reportagem a história de Marina, destacando sua infância pobre no Acre, sua alfabetização apenas depois dos 16 anos de idade e fala ainda da sua conversão à igreja evangélica em 1997. A reportagem destaca que Marina não tem dado tanta ênfase, até agora na campanha, para sua origem humilde e sua etnia. “Ao contrário, a candidata optou por uma mensagem difusa de uma ‘nova política’ necessária para barrar o PT e o PSDB, partidos que vêm dominando a política nacional por mais de 20 anos”, diz o texto.

O jornal dos EUA ressalta que tanto Marina como Dilma foram ministras de Luiz Inácio Lula da Silva, mas enquanto ocupavam as pastas divergiam de quase tudo, de usinas nucleares a uma hidrelétrica na Amazônia. Dilma acabou sendo presidente do Brasil e o PT teve que fazer uma aliança com o PMDB para conseguir governar, diz o texto. Já Marina se distanciou do PT a partir de 2009, quando saiu do partido, e tem procurado mostrar que defende uma política econômica mais amigável ao mercado.

Apesar de crescer nas pesquisas, os desafios para Marina persistem, destaca oTimes. O jornal cita, por exemplo, que a campanha de Dilma tem um caixa de US$ 55 milhões, cerca de cinco vezes a mais do que a da candidata do PSB. Além disso, ataques à Marina ganharam força nas últimas semanas, barrando o crescimento dela nas pesquisas mais recentes, ressalta o jornal.

A reportagem destaca ainda que Marina falou pouco na campanha de como lidaria com questões diplomáticas mais sensíveis do Brasil, como a aproximação do país com a Venezuela e Cuba durante o governo do PT. O fato, porém, de que a corrida presidencial se estreitou em duas mulheres de esquerda, uma negra, ambas do governo Lula e contrárias ao regime militar, mostra a consolidação da democracia brasileira desde os anos 80, ressalta o texto.  (por Altamiro Silva Júnior, correspondente do Estadão em Washington).

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veja.com + estadão

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