Atraso nas chuvas e segurança são as principais preocupações dos produtores de MT
As equipes do Circuito Tecnológico – Etapa Soja viajaram por todo Mato Grosso para conversar com produtores rurais e levantar as demandas do setor. Durante duas semanas, os técnicos aplicaram questionários e recolheram amostras de sementes e fertilizantes para fazer um raio-x da safra de soja no estado. Como avaliação preliminar, apontaram a preocupação com a falta de chuvas no início do plantio, a redução na área de safrinha de milho e a insegurança no campo.
Os estágios de plantio estavam bastante diversificados em todo Mato Grosso. Enquanto a maioria das equipes encontrou produtores preocupados com a falta de chuva e até sem plantar nas primeiras semanas de outubro, outros técnicos viram propriedades com a lavoura já adiantada. “Ainda tem janela para o plantio de soja, mas pode complicar a safra de milho”, avalia a supervisora de projetos da região Norte, Susiane Azevedo.
A expectativa dos produtores ouvidos durante o Circuito Tecnológico – Etapa Soja é de diminuição na área de milho. “As condições climáticas e os preços fazem com que os produtores estejam apreensivos neste momento”, conta Eliandro Zaffari, supervisor de projetos da região Sul. Porém, ainda é cedo para afirmar qual será esta redução, segundo Ângelo Ozelame, gestor de Análise de Mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que também participou da expedição.
Os relatos de furtos e assaltos em fazendas foram intensificados durante as visitas às propriedades rurais. Os produtores estão preocupados com a segurança pública e aprovaram parceria da Aprosoja-MT com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil. “As pessoas realmente aplaudiram a iniciativa e se interessaram em ajudar a divulgar os contatos da polícia para tentar acabar com estes crimes”, diz Cristiane Sassagima, supervisora de projetos da região Oeste.
A logística sempre é tema de discussão entre os produtores rurais e não foi diferente durante as entrevistas do Circuito Tecnológico – Etapa Soja. Os técnicos viram situações bem diferentes em cada região de Mato Grosso: estradas sendo asfaltadas e outras com muitas dificuldades de trafegabilidade. “Na região Leste vimos trabalho sendo feito nas rodovias, isso é importante para o escoamento da safra”, diz Letícia Laabs, supervisora de projetos da região Leste.
Na BR-163 as mudanças são rápidas com o trabalho da concessionária Rota do Oeste. “Há um trabalho ágil na rodovia na região Sul. Na região entre Posto Gil e Lucas do Rio Verde também vimos melhorias com sinalização horizontal e vertical”, conta Susiane Azevedo.
Todas as equipes relataram a mesma impressão: o produtor rural está ávido por informação de qualidade para melhorar o seu negócio. A expedição foi fundamental para apresentar a Aprosoja-MT, o Imea e o Senar-MT para os agricultores e colocar as entidades à disposição do seu público. “Percebemos que algumas regiões estão bem cobertas, mas outras precisam de mais atenção. Levar informação para o Xingu não tem preço”, diz Eduardo Silveira, analista de projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), realizador do Circuito Tecnológico – Etapa Soja.
“Ainda temos melhorias a fazer, especialmente em relação aos questionários, mas em linhas gerais o evento foi um sucesso”, afirma Eduardo Vaz, analista de projetos da Aprosoja-MT. O Circuito Tecnológico – Etapa Soja é uma realização da Aprosoja-MT e do Senar-MT, com patrocínio de Basf, Bayer CropScience, Aprosmat, Sicredi, Chevrolet e Case.
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