Proteção estratégica desde o início das lavouras

Publicado em 30/11/2018 09:42

O mesmo solo que recebe as sementes e nutre as plantas também abriga ameaças devastadoras, que representam grandes riscos à produtividade das lavouras e à rentabilidade do agricultor. São pragas e doenças que atacam a soja na fase inicial de seu desenvolvimento, prejudicando o crescimento e, em casos mais graves, inviabilizando a condução da plantação. Além disso, podem persistir no solo por várias safras, como é o caso de algumas doenças e nematoides. Por isso, a prevenção estratégica é a melhor maneira do agricultor conviver com problema e evitar as perdas.

Entre as pragas de solo, uma das mais relevantes para a cultura da soja é a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), que ataca o colo das plantas de forma que elas não se desenvolvam, murchem e morram, causando danos significativos em curto espaço de tempo. Outro inimigo alojado na terra é o tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus), inseto que tira a sustentação das plantas ao raspar seu caule e desfiar os tecidos de suporte. Já o coró, que é a forma larval dos insetos da família Melolonthidae (subfamílias Rutelinae, Dynastinae e Melolonthinae), também está nesse grupo. A praga interfere na capacidade da lavoura de absorver água e nutrientes, podendo reduzir em 30% suas raízes.

Uma das principais doenças de solo é a antracnose (Colletrtrichum dematium var. truncata), que ataca a plantação na época da formação das vagens, causando quedas expressivas de produtividade. Pode até provocar a morte das plantas, no caso das mais jovens. O tombamento, também chamado de damping off, é exatamente a queda da planta, causada por patógenos como o fungo Rhizoctonia solani. A doença ataca as raízes, o que impacta diretamente no desenvolvimento das plantas, compromete a absorção de água e nutrientes, a pigmentação das folhas e causa necrose do tecido vascular.

“O impacto das pragas e doenças do solo, na ausência da rotação de cultivos vem aumentando ano após ano. E devem crescer ainda mais.” A afirmação é de Sérgio Zambon, Gerente Técnico de Desenvolvimento de Mercado da BASF, é um alerta em relação ao manejo das lavouras. “Em uma agricultura tropical, onde se cultiva o ano todo em algumas regiões, sempre há plantas no campo e raiz no solo. Se o agricultor insistir em plantar soja ano sim, ano também, manterá em suas terras as mesmas ameaças, além de selecionar indivíduos mais resistentes”, acrescenta.

Segundo o especialista, o melhor caminho para evitar tal cenário é adotar um controle preventivo estratégico, associando diversos tipos de controle no manejo. O primeiro deles é a rotação de culturas. Quando o agricultor planta milho na área onde havia cultivado soja, reduz, por exemplo, a população de tamanduá-da-soja, um benefício da rotação de culturas.  Zambon salienta, ainda, que é preciso observar a ocorrência de pragas e se preciso combatê-las nos períodos sem cultivo. A proteção de sementes contra o ataque de pragas e doenças fortalece o controle estratégico.

Pragas de solo

Foto: Fausto Zafalon

Seja por meio de um processo industrial, ou, seja realizado na fazenda, o tratamento de sementes com defensivos químicos já é utilizado por praticamente todos os agricultores. “A adesão também cresce nas soluções biológicas, já aplicadas por 70% dos produtores”, diz José Mauro Costa Rodrigues Guma, coordenador de Marketing de Tratamento de Sementes Industrial da BASF. Ele ressalta que a tecnologia, de maneira geral, contribui não só com a produtividade, mas também com a preservação do meio ambiente e a rentabilidade do sojicultor. “A proteção de sementes representa entre 5% e 7% do custo total de produção da lavoura e evita perdas que vão de 10% a 40% da produção da lavoura”, diz Guma, que continua: “Há ainda, segundo dados da Embrapa, um incremento de 8% se considerar os ganhos pelo uso da inoculação biológica”.

A BASF disponibiliza ao mercado soluções específicas de proteção de sementes para evitar a ação de pragas e doenças de solo e plântulas. O Standak® Top, produto de baixa dosagem, tem funções múltiplas e complementares, pois reúne inseticida com amplo espectro de controle e dois fungicidas com grupo químico distintos. Sua proteção favorece o potencial genético das plantas e oferece maior tolerância ao estresse hídrico e à ocorrência de nematóides. Na linha de biológicos, o Granouro® é um inoculante longa vida para o tratamento industrial de sementes de soja, que pode ser aplicado nas sementes até 45 dias antes do plantio, sem impactar no fornecimento de nitrogênio à planta e nem prejudicar a nodulação. Há ainda o Bomvoro®, composto por um inoculante (Gelfix 5), um polímero protetor (Extender®) usado como aditivo para inoculação e um promotor de crescimento (Integral®), que é indicado para o tratamento de sementes de soja na fazenda e proporciona a formação de uma barreira em torno das raízes das plantas. Como resultado, as lavouras apresentam plantas maiores, mais verdes e com mais folhas, nódulos maiores e mais pesados, favorecendo o incremento de produtividade. “Já estamos trabalhando em mais novidades, tanto químicas quanto biológicas, para os próximos anos”, anuncia Guma.

Andef

Uso exclusivamente agrícola. Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Incluir outros métodos de controle do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Restrição temporária no Estado do Paraná: Standak® Top para os alvos Colletotrichum gossypii, Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum  e Lasiodiplodia theobromae em Algodão, Pythium spp. em Milho, Alternaria alternata, Aspergillus spp., Colletotrichum graminicola,  Fusarium moniliforme, Penicillium spp., Phoma spp. e Pythium  em Sorgo e Pythium spp. em Trigo. Registro MAPA: Standak® Top nº 01209.

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BASF

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