Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP assina protocolo de intenções com a Rizoma Agro
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, assinou protocolo de intenções com a Rizoma Agro, com o objetivo de desenvolver projetos em conjunto em agricultura orgânica. Reconhecida como uma das mais importantes produtoras, pesquisadoras e desenvolvedoras de tecnologia para a produção regenerativa orgânica, a Rizoma Agro poderá agora discutir novos projetos com a Secretaria de Agricultura de São Paulo e suas unidades de pesquisa e extensão rural para impulsionar a produção paulista de grãos orgânicos utilizados, principalmente, para a alimentação animal.
De acordo com Junqueira, o mercado de orgânicos é estratégico para o estado de São Paulo e para todo o Brasil. "Os grãos orgânicos são muito importantes para a alimentação animal, sendo fundamentais para a produção de carne, leite e ovos orgânicos. São Paulo abriga as principais agroindústrias de processamento de produtos animais orgânicos, porém, é necessário aumentar a produção de grãos, área que a Rizoma Agro tem expertise, principalmente, em milho, soja, feijão e aveia", afirma.
As agroindústrias de alimentos orgânicos do estado de São Paulo muitas vezes precisam comprar de outros estados brasileiros os insumos livres de produtos químicos usados para alimentação dos animais, o que resulta em altos custos de logística. "Essa parceria auxiliará na construção de um modelo de produção orgânica em escala, que poderá além de atender o mercado nacional, abrir mercados também na Europa e nos Estados Unidos, em que os preços podem alcançar o dobro das cotações convencionais. Além disso, fortalecer a produção estadual desses grãos é garantir novos negócios para os pequenos produtores estaduais", avalia Junqueira.
"A Rizoma Agro já mostrou que a produção regenerativa orgânica tecnificada é altamente produtiva e rentável. Desde 2018, a empresa vem aprimorando e expandindo sistemas agrícolas que produzem alimentos enquanto recuperam a saúde do solo, por meio do sequestro de carbono atmosférico e da restauração de biodiversidade. O Estado de São Paulo, representado pela Secretaria de Agricultura e seus órgãos adjuntos, está demonstrando visão de futuro ao apostar neste novo modelo de agricultura. O protocolo de intenções abrirá espaço para que, juntos, possamos evoluir nesta empreitada", afirma Fabio Sakamoto, co-fundador da Rizoma Agro.
A parceria terá três eixos: o desenvolvimento da produção de grãos orgânicos; inovação e uso de bioinsumos; e o desenvolvimento de novas máquinas e implementos agrícolas para que elas façam o trabalho nos solos, por exemplo, como se fosse feito manualmente. A ideia é que este protocolo de intenções entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a iniciativa privada seja o início de parcerias na área de pesquisa e inovação, junto com os Institutos de Pesquisa, extensão rural e Defesa Agropecuária.
Produção de orgânicos em São Paulo
Segundo o secretário, ao realizar o seu planejamento estratégico, a Secretaria de Agricultura identificou que a procura por alimentos orgânicos apresenta movimento de aumento sustentado pelos consumidores e o mercado busca suprir esta demanda, estimulando a produção agropecuária neste sistema. "Esta evolução mostra que este modo de produção deixa de ser um nicho, evoluindo para um mercado consolidado e ramificando-se por todas as cadeias produtivas", afirma.
Técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo realizaram recentemente levantamento inédito com 3.090 produtores orgânicos paulistas para traçar um panorama da atividade no estado. A partir da pesquisa, estima-se que 46% dos municípios do estado possuem pelo menos um produtor orgânico. A maior parte da produção está concentrada em São Paulo, Registro, Ribeirão Preto, Bragança Paulista e Itapeva, regiões que abrigam maior parte dos centros consumidores ou que possuem predominância da agricultura familiar.
Segundo o levantamento, 58,92% dos entrevistados disseram produzir legumes e verduras; 29,77% produzem frutas; 6,61% produzem produtos de origem animal, como ovos e lácteos; e 4,7% produzem grãos. Os principais canais de venda são feiras livres, cestas de entrega e supermercados.
A pesquisa mostra ainda que 23,35% dos produtores entrevistados são certificados por auditoria; 8,71% certificados por Sistema Participativo de Garantia (SPG); 20,25% cadastrados como Organização de Controle Social (OCS), com venda direta; e 47,69% estão em conversão ou transição para agricultura orgânica.
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