Presidentes da CNA e da FAEB e ministra da Agricultura debatem políticas públicas para o agro

Publicado em 27/11/2020 12:51

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, participaram do painel “O Agro Brasileiro e as Políticas Públicas: Oportunidades e Desafios”, na quinta (26).

O debate aconteceu dentro da programação da e-Agro Bahia – Feira de Inovação e Tecnologia Agropecuária realizada pela FAEB e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O moderador foi o jornalista José Luiz Tejon.

O presidente da CNA destacou que o agro brasileiro deverá alcançar uma safra recorde de 300 milhões de toneladas nos próximos anos e tem um PIB superior a R$ 1 trilhão, mas mesmo assim ainda convive com uma situação de desigualdade, onde mais de quatro milhões de produtores estão à margem da riqueza gerada.

Para João Martins é preciso introduzir tecnologias que tragam eficiência e rentabilidade para esses produtores e o melhor caminho são programas como o Agro Nordeste, que oferece Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na região. “Já estamos atingindo a meta de 28 mil propriedades atendidas”.

Outros pontos considerados fundamentais pelo presidente da CNA para estimular o crescimento do setor são a construção de um Plano Plurianual de safra, mais recursos para o seguro rural, a aprovação de uma reforma tributária sem o aumento de carga tributária, regularização fundiária, melhorias para o escoamento da produção e da conectividade no campo, entre outros.

“São políticas simples e mais objetivas. Não temos mais tempo para esperar. Temos que avançar e mostrar ao mundo que produzimos com eficiência e sustentabilidade. Vamos nos tornar o grande país agro do mundo. Temos terra, gente e disposição para isso”, afirmou.

Tecnologia - A ministra da Agricultura reforçou que o crescimento do agro brasileiro nos últimos anos só foi possível graças aos investimentos em tecnologia e à organização dos produtores. Apesar dos constantes recordes em produtividade e exportações, Tereza Cristina entende que é preciso trabalhar com planejamento futuro e alinhada com instituições e com a iniciativa privada para o setor continuar avançando e enfrentar os desafios existentes.

Na visão dela é necessário pensar em ações de longo prazo, aumentar o crédito para os pequenos produtores e estimular políticas de títulos verdes para quem realiza práticas ambientais, aumentar a conectividade, melhorar a logística e incentivar a adoção de novas tecnologias. Tereza Cristina revelou que o Ministério está desenvolvendo um programa de avaliação de solos que permitirá uma difusão ainda maior da agricultura de precisão no País.

“Precisamos trabalhar cada vez mais com a ciência, com empresas como a Embrapa e com a Assistência Técnica e Gerencial do Senar”, afirmou.

A relevância do programa Agro Nordeste para transformar a vida dos produtores da região por meio de acesso a conhecimento, tecnologia e assistência técnica também foi ressaltada pelo presidente da FAEB. Para Humberto Miranda, o produtor precisa ser tratado como um empresário rural, capaz de gerar renda, riqueza e empregos no campo.

O presidente da FAEB defende a construção de políticas públicas a partir da participação plural entre as esferas federais, estaduais e municipais e acredita que a organização social, em associações, sindicatos e cooperativas, é a base para que os produtores possam interferir “positivamente” nas decisões.

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CNA

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