Agricultores indianos rejeitam oferta e vão ampliar protestos contra reformas

Por Nigam Prusty e Manoj Kumar
NOVA DÉLHI (Reuters) - Agricultores indianos rejeitaram nesta sexta-feira uma oferta do governo para o adiamento de três leis de reformas agrícolas no país por um ano e meio, alertando que intensificarão os protestos à medida que buscam a revogação das reformas e uma garantia de preços mínimos para as safras.
Líderes agrícolas disseram que centenas de milhares de produtores de Estados vizinhos, incluindo Haryana, Punjab e Uttar Pradesh, vão dirigir tratores por Nova Délhi em 26 de janeiro, feriado nacional do Dia da República, quando o primeiro-ministro Narendra Modi participará de um desfile de forças militares.
Embora alguns ex-funcionários do governo tenham expressado preocupação com a possibilidade de que os protestos se tornem violentos, os líderes disseram que permanecerão pacíficos e pediram para que a polícia conceda permissão para o comboio entrar na capital.
A 11ª rodada de negociações entre autoridades do governo --lideradas pelo ministro da Agricultura, Narendra Singh Tomar-- e 40 líderes agrícolas, que aconteceu nesta sexta-feira, foi inconclusiva. Os produtores mantiveram suas demandas, enquanto o governo pedia a eles que considerassem uma oferta para debater sobre preocupações após o adiamento das leis.
"Há uma espécie de impasse, já que o governo repetiu sua oferta de adiar as leis, o que não é aceitável", disse Darshan Pal, um dos líderes agrícolas, em fala a repórteres após a reunião.
O governo de Modi afirma que as leis, introduzidas em setembro, vão libertar os agricultores da obrigação de vender seus produtos apenas em mercados atacadistas regulamentados. Os fazendeiros, porém, dizem que as reformas visam beneficiar compradores privados.
Tomar afirmou que o governo está comprometido com as reformas.
(Reportagem adicional de Mayank Bhardwaj)
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