Relatório da Abiove mostra que área de soja cultivada em desacordo no bioma Amazônia atinge 2%, veja íntegra do estudo
Com base na nova de data referência da Moratória da Soja, que considera os plantios de soja sobre desflorestamentos ocorridos a partir de 22 de julho de 2008, nota-se que ao longo das oito últimas safras a área de soja em desacordo passou de 11,2 mil ha em 2012/13 para 107,7 mil ha em 2019/20 . A área de soja em desacordo vem sendo ampliada de forma gradativa e atualmente representa 2% do total de soja cultivada no bioma Amazônia.
A safra nacional de soja de 2019/20 foi de 124,8 milhões de toneladas, cultivada numa área de 36,9 Mha. Em relação à safra passada, houve um aumento de 3% na área plantada e de 4,3% na produção devido a ganhos na produtividade.
No bioma Amazônia, foram plantados 5,41 Mha na safra 2019/20, o que representa 14,6% da área nacional de soja. Os estados de Mato Grosso (78,4%), Pará (10,9%), Rondônia (6,3%) e Maranhão (2,7%) respondem por 98,3% da área de soja do bioma. Nesse sentido, os 107.674 ha de soja em desflorestamentos ocorridos durante a Moratória representam apenas 2% da atual área de soja no bioma.
As propriedades rurais identificadas com as lavouras de soja em não conformidade recebem sansões comerciais sendo impedidas de comercializar sua produção com as empresas signatárias da Moratória.
A Moratória da Soja não impede a ocorrência de novos desflorestamentos, mas bloqueia a produção de soja nas mesmas. Isso desincentiva a conversão de novas áreas para soja e incentiva a intensificação do uso da terra mediante a expansão da soja sobre áreas abertas antes da Moratória.
Atualmente 98% da área cultivada com soja no bioma está sobre estas áreas, o que revela a eficácia dessa iniciativa no sentido de conciliar o desenvolvimento da produção de alimentos com a sustentabilidade ambiental, eliminando a soja dos desflorestamentos pós2008 da cadeia de produção das empresas signatárias da Moratória.
A governança e a operação da Moratória são de responsabilidade do Grupo de Trabalho da Soja (GTS), constituído pelas empresas associadas à ABIOVE e à ANEC e por organizações da sociedade civil.
Veja a íntegra do relatório:
1 comentário
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Paulo Jose Iuhniseki São Gabriel do Oeste - MS
Abiove: brasileiros fazendo acordos pra ferrar com brasileiros. Isso só no Brasil...
Bem isso Sr. Paulo, são empresas que tem lucro aqui e gospem no próprio prato que comeram...
Sem falar que em Mato Grosso tem uma empresa que se diz matogrossense (de capital e administração), e se volta contra os agricultores locais. Ao invés de vestir a camisa dos produtores rurais, se acovarda e veste a camisa dos agricultores europeus. Lamentável tal atitude.
Eu acredito que, com a regularizaçao fundiaria em estudo no Congresso, sera' possivel identificar melhor a situaçao... Hoje tudo e' ilegal, carne, soja, madeira etc... Alias a ministra Teresa Cristina deveria proibir a exportaçao de madeira, convidando fabricantes mundiais de moveis a se instalar em Manaus---