Índice CEAGESP sobe 11,2% em julho

Publicado em 04/08/2021 15:06
Apesar da forte alta, Indicador acumula baixa de 8,4% no ano

O índice de preços da CEAGESP encerra o mês de julho em forte elevação, mas manteve, no acumulado do ano, queda de 8,4%. O indicador subiu 11,2%, com os efeitos das fortes geadas no mês, que abrangeram desde os estados do Sul e do Sudeste, até parte do Centro-Oeste, assolando as culturas expostas ao tempo, prejudicando lavouras inteiras, diminuindo a qualidade dos produtos e gerando altas de preços, apesar de todo esforço dos agricultores para minimizar os prejuízos.

Registraram redução apenas os setores de pescados e diversos, com destaque para os baixos preços da cebola, das batatas e do alho. Os aumentos de preços ocorreram fortemente nos setores de frutas, verduras e legumes, notadamente para este último, que vinha de uma sequência de quatro meses de queda no ano. Mesmo com as fortes altas, o setor de frutas acumula, no ano, baixa de 21,6% e o setor de diversos acumula queda de 19,2%.

Em julho, o setor de frutas teve forte alta de 8,56%. Os principais aumentos ocorreram nos preços do caju (36,9%), do mamão formosa (29,6%), da banana nanica (28,1%), do figo (25,4%) e da acerola (22,9%). As principais quedas foram nos preços da jaca (-9,1%), do coco verde (-9,0%), da carambola (-8,1%), do mamão havaí (-7,8%) e do maracujá azedo (-6,6%).

O setor de legumes apresentou expressiva alta de 41,36%. As principais altas ocorreram com a abobrinha italiana (156,4%), com os pimentões verde (108,1%), vermelho (92,9%) e amarelo (92,2%), com a abobrinha brasileira (89,5%) e com a vagem macarrão curta (75,8%). A única baixa da pesquisa foi registrada no preço da abóbora moranga (-0,4%).

O setor de verduras registrou forte alta de 13,88%. As maiores elevações foram nos preços das alfaces americana (48,7%), lisa (39,9%) e crespa (39,8%), do manjericão (35,1%), do repolho (27,5%) e do nabo (25,6%). As principais quedas ficaram por conta do rabanete (-28,6%), do salsão (-17,1%), da cenoura com folhas (-11,3%), da rúcula (-9,3%) e do moyashi (-5,4%).

O setor de diversos fechou o mês com forte queda de 5,95%. As principais baixas ficaram por conta da cebola (-25,0%), do alho (-14,4%), das batatas asterix (-9,2%) e lavada (-8,7%) e do alho estrangeiro argentino (-5,2%). As principais altas ocorreram nos preços do coco seco (4,4%) e do milho de pipoca estrangeiro (1,3%).

O setor de pescados apresentou baixa de 1,17%. As principais quedas ocorreram nos preços da anchova (-24,0%), da abrótea (-20,5%), da pescada (-20,3%), da corvina (-12,7%) e do curimbatá de cativeiro (-11,7%). As principais altas foram registradas nos preços da sardinha congelada (36,4%), do robalo (8,5%), da lula congelada (8,0%), do cação congelado (7,5%) e da tainha (7,1%).

As fortes ondas de frio, com geadas mais rigorosas e abrangentes que em anos anteriores, e até registro de neve em alguns municípios, prejudicaram diversas culturas das regiões produtoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, diminuindo a quantidade ofertada, prejudicando a qualidade e fazendo com que os preços se elevassem. As altas só não foram maiores por conta da demanda reprimida. Os danos sofridos pelas recentes geadas no final do mês ainda não foram bem dimensionados. Com a demanda ainda contida, não houve pressão generalizada de alta, colaborando para que os preços não subissem ainda mais.

Para este mês de agosto, estão previstas novas ondas de frio que podem ocasionar mais prejuízos. Não foi registrada falta total de produtos hortifrutícolas, mas sim diminuições na oferta de alguns produtos e perda de qualidade. Assim, não há nenhum risco de desabastecimento.

Com a volta às aulas, deve haver aumento na demanda por hortifrutícolas frescos e a tendência é que os preços se mantenham em patamares elevados durante o mês de agosto. Algumas culturas com ciclos curtos de produção, como as alfaces, por exemplo, tem condições de restabelecimento de oferta mais rápida. Outras, necessitam de mais tempo. Visando recompor a oferta interna e mitigar os impactos em São Paulo, alguns atacadistas estão buscando produções em outros estados menos afetadas pelos efeitos climáticos adversos.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
CEAGESP

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário